Pra quem pratica, o esporte é, acima de tudo, desempenho e competição, vontade de vencer, de ser melhor sempre. É também confiança. É estratégia, organização, disciplina tática. Passa por tudo isto o contraste nas atuações do Figueirense. O torcedor não consegue entender o porquê de uma atuação brilhante diante do Internacional ser seguida de uma muito fraca contra o Botafogo.

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Marquinhos e Dudu comemoram 100 jogos oficiais pelo Figueirense

Por isso tem a sensação do inexplicável. O que tem faltado essencialmente ao Figueira é personalidade e também competitividade. Futebol não falta, mesmo que alguns atletas estejam abaixo do desejado. O grupo, em geral, tem qualidade para competir bem o Brasileirão.

Coragem num jogo, medo no outro

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Não joga forte toda rodada porque se acomoda na glória de uma grande vitória. Por isso falo em personalidade, que tem a ver com confiança. E falo também em competitividade, que é a essência de querer sempre ser melhor que o outro, seja ele Flamengo, São Paulo e Inter, que são mais fortes, ou América-MG, Botafogo e Santa Cruz, mais fracos. Passa pela forma como o seu comandante vê toda a situação. Eutrópio dá mostras de não confiar plenamente na capacidade do seu grupo, e, por isso, se satisfaz com o pontinho.

Leitura obrigatória

Não se trata de uma indicação e sim de uma constatação. Estou lendo, entre um programa e outro, um jogo e outro, o livro ¿Guardiola Confidencial¿, do jornalista Marti Perarnau – estou atrasado, claro, pois já queria ter lido ano passado. É leitura obrigatória para todos os técnicos do futebol brasileiro. Não porque eles tenham que copiar Guardiola, mas para que possam começar a entender os conceitos que estão ditando e vão ditar os destinos do futebol mundial nos próximos anos.

No livro, você percebe muito claramente como estamos atrasados, na prática da grande maioria dos times e técnicos, e também nas discussões diárias sobre estes conceitos. Também na imprensa. A obra é rica em personagens que circulam o mundo do treinador, que era do Barcelona, foi para o Bayern e agora vai começar novo trabalho no Manchester City, da Inglaterra.

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Haja paciência, Guto Ferreira!

Alguém precisa dizer para o técnico Guto Ferreira que ele não é e não vai ser o centro das atenções só porque recebeu uma proposta do Bahia. Quer ir, vá! Não quer, decida! Ficar fazendo joguinho com as diretorias – que é o que parece estar fazendo – e reclamar da imprensa que o questiona sobre a situação são comportamentos que estão exigindo de todos uma paciência que ele não merece. Reconheço o bom trabalho do treinador desde que chegou à Chape, mas se ele sair, não vai ser o fim do mundo pra ninguém.