Foi uma tarde clássica de futebol no Orlando Scarpelli. E foi uma grande partida, acima de tudo, uma grande disputa entre Figueirense e Internacional. O Alvinegro teve a primeira ótima atuação coletiva em campo. Não houve domínio, houve equilíbrio, mas ao mesmo tempo foi bom de ver o Furacão correndo riscos, confiante, indo pra cima do adversário, que era, nada mais nada menos que o líder do Brasileirão.
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Individualmente, o Figueirense teve também grandes atuações, com Thiago Rodrigues no gol, Bady, Ferrugem, Lins e a doação de Rafael Moura, que, como escrevi no final de semana, só jogaria por decisão dele. O Figueira encarou o Inter com sobras e fez a maior vitória até aqui na competição. Foi a vitória de um time que mostra a todos que pode realmente um pouco mais neste Brasileiro. O Figueirense pode mais!
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Mandando em casa
Depois das duas primeiras atuações em casa, contra Ponte Preta e Santos, o Figueirense resolveu mandar no Scarpelli. São cinco jogos, com os dois primeiros empates e três vitórias depois: contra São Paulo, Flamengo e Internacional. E a atuação contra o Inter foi a melhor de todas. O Figueira já mostra mais conjunto, força, confiança e agressividade. Assim se constrói uma grande campanha: ganhando em casa. O Figueirense agora já pode ressaltar que está invicto em casa, com um aproveitamento de 73%. E os adversários já sabem que ganhar no Scarpelli vai ser muito complicado.
Mudança de discurso
A maior cobrança que sempre fiz aqui, na rádio e na TV, em cima de Vinícius Eutrópio era o discurso. Aquele ¿complexo de Cabralzinho¿ iria acabar com qualquer possibilidade dele de realizar um bom trabalho a frente do Figueirense. Era preciso mudar a lógica de ressaltar a força dos adversários e mostrar um espírito vencedor, competidor, também no discurso, que reflete a forma de encarar cada jogo.
Não ouvi em nenhum momento Eutrópio falar das dificuldades de encarar o líder e com o Figueirense cheio de problemas. Ouvi ele ressaltar que o time venceu o líder depois do jogo. É muito importante! É uma mudança de atitude, que vai mudar também a forma dele de encarar as dificuldades, que existem toda quarta e todo domingo, porque este é o Brasileirão.
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