A CBF e a comissão de arbitragem lançaram no ar essa ideia de antecipar a utilização do árbitro de vídeo (AV) para as próximas rodadas do Brasileirão. Foi uma espécie de resposta às cobranças que surgiram com muita força depois do gol de mão do atacante Jô, que deu a vitória ao Corinthians sobre o Vasco. Uma satisfação para tentar amenizar as cobranças e a repercussão. Acontece que ninguém sabe ainda como vai ser feito e quais jogos terão o AV.
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Algumas questões seguem em aberto. Vai ser com equipe própria da CBF ou utilizando imagens da transmissão das emissoras Globo e Globosat? Como o jogo vai ser parado? Iniciativa dos clubes? Do árbitro de campo? Dos árbitros de vídeo? Ou todos podem parar o jogo? Como vai ser a comunicação com o público do estádio e com o público de casa?
E como os árbitros vão ser treinados? Nem a Fifa tem esta resposta, pois não formalizou uma metodologia a ser aplicada. Ao que parece, a CBF está fazendo uma média com a opinião pública, dando uma espécie de “cala a boca” devido à repercussão gigantesca, mas correndo sério risco de fazer tudo errado e atrapalhar ainda mais o que já está atrapalhado.
Ninguém assume a responsabilidade
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A maioria tem medo. Essa é a maior verdade em relação à grande maioria dos homens do apito hoje em dia. É o árbitro principal que passa a responsabilidade para o quarto árbitro e para os assistentes ou adicionais, e eles que se eximem de qualquer responsabilidade nos lances mais polêmicos. Acredito
que o adicional viu o lance no domingo, assim como o assistente um. Mas nenhum dos dois quis assumir a responsabilidade de anular o gol do atacante Jô e deixaram para o árbitro, e ele que se vire, por falta de personalidade e medo. Contra os grandes, os árbitros têm medo porque a pressão é muito grande, a repercussão é sempre enorme.
O árbitro de vídeo é mais um para que os de campo passem a responsabilidade. Ninguém quer decidir. E todo mundo busca uma salvação. Falta comando e personalidade à arbitragem nacional atual, que sequer tem referências claras, como em outros tempos.
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