Rodrigo Faraco: Marcelo Cabo exagerou na dose e a luta é para não cair

Escrevi aqui, de passagem, que o técnico Marcelo Cabo deu uma dose maior do remédio que o Figueirense precisava. Os números comprovam a tese. O time teve sete partidas em casa nesta Série B. No jogo contra o Ceará registrou o menor número de finalizações entre todos estes jogos. A média de finalizações em seis jogos era próxima a 15. No jogo de sábado foram apenas 9.

Pra ser preciso, contra o Náutico, na segunda rodada, foram 15; contra o Boa, na quarta, foram 14 arremates; mesmo número no jogo seguinte, que foi contra o Internacional; O número mais expressivo foi de 17 finalizações – se repetiu duas vezes, contra o Criciúma(7ª) e o Luverdense(9ª); Diante do Londrina talvez o time tenha encontrado o equilíbrio entre se proteger e atacar – foram 12 finalizações e vitória sólida de 3 x 1.

Até escrevi, depois daquele jogo, que aquele era o caminho. Mas quando entrou com três volantes, para enfrentar o Ceará, dentro de casa e precisando vencer, o Figueirense ficou travado. Foi um time que não soube jogar, não teve criação e que não se defendeu bem. A dose do remédio fez mal ao Figueirense.

Perspectiva diferente e nada boa

A partir do jogo de hoje o Figueirense precisa buscar recuperação, porque a realidade do momento é a luta contra a zona de rebaixamento. O time precisa de pontos para sair desta faixa de classificação, que não é aceitável para um time que entrou na competição para buscar o acesso e que tem um grupo de jogadores qualificado para isto.

Então, agora cabe uma equipe que marque muito e saia apenas no contra-ataque, que jogue apenas pelo resultado mesmo. A derrota diante do Ceará foi o marco para esta mudança de perspectiva. Ainda mais depois de um período de 10 dias de treinamentos que traziam a esperança de um time mais forte em campo. Não aconteceu. Agora a perspectiva é jogar pelo resultado e para sair da zona de rebaixamento.

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