Depois de mais um fracasso na Série B do Brasileirão, o que gerou protestos dos torcedores após a partida, no sábado, o presidente do Figueirense, Wilfredo Brillinger, disse em coletiva de imprensa que deixa o clube se ele for o problema. O dirigente se referia às manifestações das torcidas organizadas depois da derrota por 2 a 0 para o Ceará, no Orlando Scarpelli. Wilfredo ainda chamou a apresentação do time de vergonhosa e disse que não tem palavras para explicar mais um tropeço.
Continua depois da publicidade
— Se tiver alguém que queira assumir o Figueirense amanhã, eu abro mão numa boa, tranquilo. Se alguém tiver um projeto melhor, que consiga resolver. Se o problema sou eu, saio amanhã, não tem problema nenhum. Isso pra mim é muito tranquilo, porque acima de tudo está o Figueirense, está o clube — afirmou o presidente na coletiva de imprensa, ressaltando que a relação com as organizadas do clube sempre foi boa.
— Só que as organizadas, infelizmente, na hora que as coisas estão bem, eles te batem nas costas. Na hora que as coisas estão ruins, o resultado não vem, que é o momento que a gente mais precisa, aí eles fazem essa baderna que fizeram aqui hoje. Tem que entender — analisou.
Questionado a fazer um diagnóstico do atual momento do time, que segue na zona de rebaixamento da Série B com 12 pontos conquistados em 12 rodadas – aproveitamento de 33,3% -, o dirigente disse que não sabe o que está acontecendo.
Continua depois da publicidade
— Se eu soubesse eu falava. Não é fácil, nós precisamos trabalhar, conversar com minha comissão técnica, todo o stafe. É difícil aceitar, se o torcedor está chateado, eu estou muito chateado, profundamente revoltado neste momento. Eu realmente estou dando o máximo de mim desde o ano passado — disse.
Contudo, Brillinger pediu tranquilidade e que não vai fazer terra arrasada. Prometeu lutar para tirar a equipe da condição em que se encontra no campeonato.
— Eu não posso fazer disso aqui uma terra arrasada, a responsabilidade é muito grande. O campeonato ainda nem terminou o primeiro turno, nós vamos lutar e eu ainda confio piamente. Tudo que a gente está diagnosticando durante a semana, a gente está procurando corrigir, procurando melhorar. Mas infelizmente foi um jogo completamente fora da curva, um negócio absurdo. Evidentemente vai ter cobrança, porque não é possível um time com todas as condições que a gente está dando fazer esse resultado. Pode perder, não tem problema perder, ganhar, empatar, faz parte do esporte. Agora, perder do jeito que nós perdemos hoje, isso aqui hoje parecia jogo de várzea. Eu não admito isso e vou procurar corrigir, fazer com que as coisas mudem, vou lutar. Como eu digo: enquanto eu tiver uma gota de sangue aqui correndo nas minhas veias, eu vou lutar pelo Figueirense — enfatizou.
Continua depois da publicidade
O dirigente afirmou que na sexta-feira os salários dos jogadores foram colocados em dia.
— Nós trabalhamos dez dias fortes e, infelizmente, hoje (sábado) o time foi ridículo, vergonhosa nossa apresentação. Eu como presidente do clube tenho que reconhecer isso. Mas isso é o futebol. Como eu vou explicar por que o time jogou dessa maneira? Eu não sei. Dia 10 vence os salários, paguei os salários na sexta-feira, botei em dia. Infelizmente, depois de dez dias de trabalho, não aconteceu. Nosso time estava irreconhecível, peço desculpas para a torcida, realmente foi uma vergonha — sentenciou.
Leia mais notícias do Figueirense
Confira a tabela da Série B