É possível enumerar alguns fatores que levam o Figueirense a este início ruim na Série B. Repito aqui o que já escrevi e venho dizendo em minhas análises na CBN Diário: o Figueira tem qualidade de grupo e jogadores para brigar pelo acesso à Série A. Mas então por que não decola na competição?
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1 — A montagem do grupo em cima da hora do início da Série B. São poucos os casos de times montados que deram certo num estalar de dedos, quase como um toque mágico. O Figueirense fez uma reformulação profunda entre o Catarinense e o Brasileiro. Normalmente, há um tempo entre as escolhas de melhor encaixe, escalação e entrosamento.
2 — A indefinição sobre o goleiro titular. O Alvinegro nunca teve certezas na temporada sobre o goleiro titular. Depois da saída de Gatito, Thiago Rodrigues herdou a posição, mas nunca passou tranquilidade e segurança. Luis Carlos chegou no início do ano e nunca teve uma sequência como oportunidade. A nova tentativa era o experiente Fábio. Tudo acabou no episódio do táxi, após a derrota sobre o Boa.
3 — A discussão pública entre o zagueiro e líder Marquinhos e o então treinador, Márcio Goiano. Enquanto o foco deveria ser o time em campo e as partidas que passavam rápido, os dois profissionais, puxados pelo capitão Marquinhos, deixaram o Figueirense em segundo plano, numa queda de braços para ver quem tinha mais força junto à torcida. Sobrou para Goiano.
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4 — O Figueirense teve três treinadores no primeiro semestre do ano. É muita coisa e mostra a falta de convicção da diretoria em relação a este profissional. É evidente que Marquinhos Santos não deu certo. Márcio Goiano veio e foi mal durante o Catarinense. Foi mantido para o Brasileiro, mas no primeiro abalo foi tirado pela falta de respaldo dos resultados. A nova tentativa é Marcelo Cabo, que chega com o título da Série B do ano passado no currículo. Só que as trocas influenciam diretamente em tudo que acontece dentro de campo.
5 — As lesões de jogadores importantes. A lista não é extensa, mas prejudica. Os laterais Dudu e João Paulo tranquilamente seriam titulares durante a série B. O atacante Zé Love poderia ser o centroavante que às vezes falta para o time. Teve uma hérnia de disco e ainda não tem previsão de voltar ao time. E, por fim, o meia Marco Antônio, o melhor armador do time. Esteve fora no sábado e está fora dos jogos desta semana. Ainda dá pra citar as lesões de Clebson, Renan Mota e de Leandro Almeida.
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Rodrigo Faraco: estratégia equivocada em mais uma derrota do Figueirense