O Rio Grande do Sul apresentou em 2012 o menor percentual de domícilios sem capacidade de atender dignamente aos moradores entre todos os Estados do Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta segunda pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Estado tem 4,8% de déficit habitacional, o que representa cerca de 182 mil residências em condições precárias. O índice relativo, que calcula o número de domicílios precários em relação ao total de habitações, caiu 31,8% no Estado, a terceira maior queda do país – atrás apenas de Amapá e Piauí.
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Preço da habitação cresceu no Brasil em novembro
O Ipea considera habitações precárias aquelas que não têm condições de receber com condições mínimas seus moradores, ou seja, casas precárias ou desgastadas, com aluguel excessivo ou compartilhadas entre diversos moradores por necessidade. No Brasil, o déficit habitacional médio é de 8,53%, o que representa cerca de 5,2 milhões de residências.
De todos os fatores analisados pela pesquisa, o que mais colabora com o percentual é o aluguel excedente, pago por moradores de cerca de 2,2 milhões de residências no país. É considerado aluguel excedente aquele que representa 30% ou mais da renda familiar. A coabitação familiar também representa boa parte do índice, com 1,7 milhão de residências nessa condição – quando há um cômodo na casa cedido ou alugado ou quando famílias vivem juntas na mesa residência com intenção declarada de se mudar.
Em 2011, o déficit habitacional no Brasil era de 8,8%. Em 2012, essa taxa chegou a 8,53%, uma redução de cerca de 350 mil residências em condições precárias. Segundo a pesquisa, o déficit brasileiro é urbano, em sua maioria (85%). Na área rural, cerca de 742 mil famílias viviam nesta condição em 2012, o que representa queda de 25%.
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