O Rio de Janeiro está fazendo “progressos” concretos na organização dos Jogos Olímpicos de 2016 e cumprirá o cronograma estipulado, garantiu nesta terça-feira o Comitê Organizador Local, após as fortes críticas do vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) relacionadas aos atrasos nas obras.
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– Temos uma missão histórica: organizar os primeiros Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Brasil e da América do Sul. Vamos cumpri-la. Em 2016, o Rio organizará Jogos excelentes que serão entregues absolutamente dentro do prazo e dos orçamentos já anunciados – indicou o Comitê Organizador num breve comunicado.
A resposta veio depois que o australiano John Coates, vice-presidente do COI, disse nesta terça que os preparativos para os próximos Jogos eram os piores já vistos, embora tenha ressaltado que não existia plano B.
– O COI criou uma força especial para tentar acelerar os preparativos, mas a situação é crítica – disse, antes de completar que é “o pior que já vi” – “O COI adotou um papel mais ativo, algo sem precedentes para o COI, mas não há Plano B. Vamos ao Rio.
O comitê organizador rebateu as críticas ao citar no comunicado “desenvolvimentos cruciais e sinais inequívocos de progresso”. Entre esses progressos, o Rio-2016 citou a abertura da licitação para a construção do Parque Olímpico de Deodoro, onde serão disputadas várias modalidades, como hipismo, pentatlo moderno ou esgrima. Também foram destacados os anúncios recentes do orçamento para os projetos de infraestrutura e legado.
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– Já passamos da hora em que discussões genéricas sobre o progresso da preparação possam contribuir com a evolução da jornada rumo aos Jogos. É tempo de focarmos mais no trabalho e no engajamento – insistiu o Comitê Organizador Local – O trabalho em conjunto com as três esferas do governo, federal, estadual e municipal, está funcionando. O suporte do Comitê Olímpico Internacional também.
Apesar de a Rio-2016 ter mencionado o apoio do COI, o vice-presidente da entidade chegou a afirmar que “a situação é pior do que em Atenas (em 2004)”.
– Em Atenas, tínhamos que lidar com um governo e algumas responsabilidades municipais. Aqui existem três. Existe pouca coordenação entre o governo federal, o estadual e o municipal, que é responsável por grande parte das construções – afirmou – E isto em uma cidade que tem problemas sociais que devem ser abordados. Um país que também está tentando preparar a Copa do Mundo, que acontecerá em poucos meses – concluiu o dirigente, que trabalha no COI há 40 anos.