O vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o australiano John Coates, aumentou a pressão nesta terça-feira sobre o Rio de Janeiro, cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2016, ao afirmar que os preparativos são os piores que já viu.
Continua depois da publicidade
> Após críticas, dirigente do COI chega ao Rio para acompanhar obras
John Coates, que visitou o Rio de Janeiro seis vezes como membro da Comissão de Coordenação do COI que supervisiona os Jogos, citou um panorama sombrio. Durante um Fórum Olímpico em Sydney, Coates afirmou que o COI se viu obrigado a adotar medidas “sem precedentes”, ao colocar especialistas no comitê organizador do Rio para garantir a celebração do grande evento esportivo.
– O COI criou uma força especial para tentar acelerar os preparativos, mas no local a situação é crítica – disse, antes de completar que é “o pior que já vi”.
– O COI adotou um papel mais ativo, algo sem precedentes para o COI, mas não há Plano B. Vamos ao Rio – destacou.
Continua depois da publicidade
O Comitê Organizador respondeu às críticas afirmando que está fazendo “progressos concretos” nos preparativos e reafirmando o compromisso de realizar “excelentes Jogos”:
– Temos uma missão histórica: organizar os primeiros Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Brasil e na América do Sul. Vamos conseguir. Em 2016, o Rio será o anfitrião de excelentes Jogos, que cumprirá absolutamente todos os cronogramas.
Apesar das garantias, a construção de muitas instalações sofre com atrasos e aumentos dos custos à medida que se aproximam os primeiros Jogos Olímpicos no continente sul-americano.
– Acredito que a situação é pior que em Atenas (em 2004) – disse Coates, que trabalha há quase 40 anos no movimento olímpico.
Continua depois da publicidade
– Em Atenas tínhamos que lidar com um governo e algumas responsabilidades municipais. Aqui existem três. Existe pouca coordenação entre o governo federal, o estadual e o municipal, que é responsável por grande parte das construções – afirmou.
– E isto em uma cidade que tem problemas sociais que devem ser abordados. Um país que também está tentando preparar a Copa do Mundo, que acontecerá em poucos meses – concluiu.