O músico Ricardo Pauletti se apresenta nesta quarta-feira, a partir das 21h, no Teatro Municipal de Itajaí. Acompanhado pela bateria de Mario Junior e o acordeon de Rafael Petry, lança seu primeiro DVD com performances ao vivo. A programação integra o 18º Festival de Música da cidade.
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O violonista também comandará uma roda de choro na quinta-feira, além de ministrar oficina sobre o mesmo assunto durante o festival. Na entrevista a seguir, ele comenta sobre o lançamento do DVD e sua experiência no festival.
Onde foi a gravação do DVD e como foi feita?
O DVD irá mostrar o trio em três momentos diferentes: no Estúdio Café Maestro (2015), no Club du Choro de Paris na França (2013) e no Teatro Municipal de Itajaí com diversos convidados (2012). Todas as gravações são de performances ao vivo.
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Qual o repertório escolhido para este trabalho?
É um repertório totalmente autoral que reúne músicas dos dois CDs, o Variações Brasileiras e o Choro de Faia.
Seu álbum Choro de Faia foi considerado um dos melhores discos instrumentais de 2014. A que atribui esse reconhecimento?
Fiquei muito orgulhoso, pois pela primeira vez me vi ao lado de ídolos como Guinga, Hamilton de Holanda, Leo Gandelman e Toninho Ferragutti. Gosto de ressaltar que, embora o trabalho leve o meu nome, divido os créditos do prêmio com todos que participaram do CD.
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Para o show no Festival de Música de Itajaí, o que o público pode esperar?
Cada vez que subimos ao palco damos o nosso melhor! Fazemos o que amamos e lançar um trabalho novo é sempre uma grande alegria, ainda mais no Festival, onde o público tem ouvidos tão apurados. E também iremos trazer algumas novidades, pois além das músicas do DVD, estaremos mostrando algumas músicas do meu próximo trabalho que será um disco só de canções. Mostraremos duas canções com a participação especial das cantoras Giana Cervi e Bia Barros, além do bandolinista Lenildo Gomes e do violoncelista Alessandro Blenke.
Neste ano o festival abriu mais espaço para artistas locais. O que achou da mudança?
Acho importante valorizar artistas locais sim, desde que tenham trabalhos relevantes. É sempre difícil agradar a todos. Quando os artistas locais não eram valorizados muita gente criticava, agora que estão sendo, ouvimos críticas contrárias. Penso que o Festival precisa ter um equilíbrio entre atrações locais e nacionais, música instrumental e música vocal. Talvez seja o momento de repensarmos o modelo de gestão do nosso Festival nos baseando em eventos como o de Curitiba, por exemplo, onde existe um instituto em que os cargos não tem ligação direta com o poder público e tem autonomia para elaboração de projetos e bastante antecedência para captação e execução.
Você também vai comandar uma roda de choro e está dando oficina sobre o mesmo tema este ano. O que pretende compartilhar nesses espaços? Como são essas experiências?
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No Festival de Música, comecei como aluno das oficinas de choro desde a primeira edição, depois de alguns anos me tornei monitor e, agora, professor. Irei me espelhar nos grandes mestres que já passaram por aqui, como Mauricio Carrilho, Luiz Otávio Braga e Alessandro Penezzi, compartilhando tudo que sei sobre o assunto e também aprendendo com os alunos. Sobre as rodas, penso ser um espaço fundamental para a prática do choro, onde as pessoas vão pelo prazer do encontro e principalmente em busca da música. É um ambiente informal que nos ensina muitas coisas que não se aprende em sala de aula.
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