Em Florianópolis, uma das medidas mais polêmicas apresentadas na quarta-feira pelo prefeito Gean Loureiro foi a revogação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) do funcionalismo, aprovado na gestão anterior, em 2014, depois de 24 anos de espera da categoria.
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Segundo Gean, o plano é uma ¿ilusão¿, pois seria ¿impossível¿ o município cumprir com o firmado pela categoria e a prefeitura então gerida por Cesar Souza Junior (PSD).
– A revogação do PCCS não muda nada, porque é impossível cumprir. O plano de cargos atual é um jogo de ilusão com o servidor. Foi assinado para acabar com uma greve sabendo que era impossível cumprir. Por que o governo que assinou o PCCS não cumpriu o prometido – questionou Gean.
Se o projeto for aprovado, o prefeito espera discutir com os trabalhadores pelos próximos 12 meses para reencaminhar um novo PCCS. No entanto, segundo o presidente do sindicato da categoria, Alex Santos, as medidas são para ¿acabar com o serviço público em Florianópolis¿.
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– O Cesar (Souza, ex-prefeito) entrou e negociou com a gente esse plano que é muito mais barato, que representa um aumento real de 10% a 15% diluído em quatro anos. Nós temos estudos corroborados pela própria prefeitura de que é viável pagar.
Questionado sobre os contratos entre empresas e prefeitura que podem ser cortados, Gean garantiu que todos os acordos em vigor na administração pública estão sendo auditados. Não revelou, ainda, se já há um panorama de que contratos devem ser rescindidos ou ampliados.
– Estamos auditando os contratos, reavaliando aluguéis, já devolvemos veículos de locação. Estamos rediscutindo todo e qualquer fornecimento. Então, não estamos só tirando daqui, estamos tirando de tudo – afirma Gean.
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