A greve dos trabalhadores do transporte de valores, que começou na segunda-feira em Santa Catarina, ainda não tem data para acabar. A audiência conciliatória no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) entre os sindicatos patronal e de trabalhadores terminou sem acordo na tarde desta quinta-feira, em Florianópolis. Com isso, a paralisação do setor completa quatro dias no Estado.

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O desembargador do trabalho Jorge Luiz Volpato propôs um reajuste salarial de 10,5% (acima da inflação, que teve INPC acumulado de 9,83% nos últimos 12 meses), porém foi recusada pelos trabalhadores, que pedem um reajuste de 12,7%.

Trabalhadores das transportadoras de valores entram em greve em SC

— Nossa proposta é de 9%, porém se houvesse aceno de aceitação pelos trabalhadores, nós iríamos verificar a possibilidade. Mas o acordo pode sair a qualquer momento — informa o advogado do Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindesp- SC), Aluísio Coutinho Guedes Pinto.

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Nesta sexta-feira, o desembargador deve analisar o pedido de liminar do sindicato patronal que pede um contingente mínimo de trabalhadores. O advogado explica que pediram um contingente de 70% por se tratar de um “serviço essencial”.

Greve do transporte de valores começa a afetar serviços em Joinville

O próximo passo é o julgamento do dissídio, que deve ocorrer na próxima semana. O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte de Valores de Santa Catarina (Sintravasc) tem até sexta-feira para apresentar a defesa. Os trabalhadores ainda podem aceitar a proposta antes do julgamento do dissídio coletivo.

A principal reivindicação do Sintravasc é equiparar o salário com o do Paraná, onde os clientes de empresas de transporte de valores chegam a pagar até R$ 800 a mais para os funcionários, conforme o sindicato. Em SC, os guardas têm um piso salarial de R$ 1.471, os motoristas, de R$ 1.576, e os chefes de equipe recebem cerca de R$ 1,7 mil. Outro pedido do Sintravasc é o aumento do vale-refeição de R$ 25 para R$ 30 por dia.

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Como driblar o desabastecimento dos caixas eletrônicos

Com a greve das transportadoras de valores no Estado, clientes podem ter dificuldades em sacar dinheiro, por exemplo. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) dá algumas orientações para driblar o desabastecimento:

– Recorrer aos chamados canais eletrônicos de atendimento, como telefone, internet banking ou aplicativo no celular, para realizar transações como pagamentos, transferências, além de consultas a saldos e extratos.

– Usar cartão de débito nos gastos do dia a dia. Além de ser mais seguro, é também mais prático por reduzir a necessidade de sacar e portar dinheiro em espécie.

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