Começou nesta segunda-feira a greve dos trabalhadores das empresas de transporte de valores de Santa Catarina. Mobilizada em diferentes partes do Estado, a categoria reivindica aumento salarial e igualdade de valores com o piso praticado no Paraná.

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O presidente do Sindicato dos Empregados em Transportes de Valores de Santa Catarina (Sintravasc), Vilson Soares dos Santos, argumenta que os colegas do Estado vizinho têm uma base salarial de R$ 2,2 mil, enquanto para os catarinense o valor é R$ 1,4 mil:

— Queremos diminuir a diferença entre nós e o Paraná. Hoje eles ganham R$ 800 a mais.

O estado de greve da categoria foi aprovado na última terça-feira. Santos diz que depois da decisão paralisação não houve negociação com o sindicato patronal. Na quarta-feira, às 14h, está marcada uma reunião na Superintendência Regional do Trabalho, em Florianópolis, na tentativa de uma conciliação.

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A proposta feita pelos patrões, afirma Santos, foi de reposição de 9% no salário e 14% no vale-alimentação. O sindicato estima que 85% dos trabalhadores aderiram ao movimento. Caso a paralisação se estenda, há o risco de faltar dinheiro em caixas eletrônicos e agências bancárias.

Sindicato patronal irá entrar na Justiça

Os patrões, através do Sindicato das Empresas de Segurança Privada de Santa Catarina (Sindesp), pretendem entrar na Justiça para que a greve seja declarada ilegal, segundo o advogado da entidade Aluísio Guedes.

Ele explica que a proposta feita atende a realidade atual do país:

— É claro que entendemos que a situação inflacionária dentro do contexto nacional, só tem que entender que só pode dar o que pode pagar. Os que as empresas ofereceram já é um esforço enorme.

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Sobre a igualdade de valores, o advogado justifica que as realidades dos Estados brasileiros são diferentes, o que explicaria a diferença de salários.