Intermediada pelo juiz Mauricio Povoas, diretor do Fórum e titular da 1ª Vara da Família em Joinville, a reunião entre a Prefeitura e o Sindicato dos Servidores Municipais de Joinville (Sinsej) nesta sexta-feira para discutir a greve terminou sem acordo entre as partes.
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A ideia era de que o juiz ajudasse no entendimento entre o prefeito Udo Döhler e o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, mas o clima de confronto entre ambos dificultou a negociação.
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Já no início do encontro, Povoas fez uma análise da atual situação da saúde municipal de Joinville e avaliou a greve dos servidores como uma situação que só deve se resolver se as partes fizerem concessões. O juiz ressaltou diversas vezes que não possui vínculos nem com a Prefeitura nem com o sindicato.
– Meu interesse aqui é puramente o de tentar resolver o impasse. A busca dos direitos dos servidores é legítima, mas do modo como estão as coisas, não pode continuar. A comunidade está no seu limite e é imprescindível que haja um acordo – reforçou o juiz.
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Um avanço importante aconteceu na discussão sobre o laudo de insalubridade, onde tanto a Prefeitura quanto o sindicato tiveram o entendimento de que o tema será revisto. A proposta do Executivo é o de dar prazo para a análise do laudo e não aplicar, de imediato, as determinações contidas nele.
O entrave aconteceu, de fato, na falta de um acordo a respeito dos dias parados. A Prefeitura não abre mão de cobrar os dias que os servidores deixaram de comparecer nos postos de trabalho, sob a justificativa de que os mais de mil funcionários que não interromperam as atividades seriam prejudicados e injustiçados com o abono aos grevistas.
Por outro lado, o sindicato defendeu que o objetivo principal da pauta é o de garantir que o servidor não tenha seus direitos e o pagamento prejudicados, e que por isso não faria sentido concordar com o fim da greve, uma vez que significaria outro prejuízo para a categoria com a cobrança dos dias parados. Sem acordo, a tendência é que esse impasse tenha novos capítulos nos próximos dias.
Os servidores decidiram entrar em greve no dia 13 de julho após o anúncio do corte do adicional de insalubridade de mais de cem servidores do Hospital Municipal São José. No balanço desta sexta-feira, 130 servidores estavam em greve e 98 leitos do José Estavam fechados.
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