*Atualização: Por volta das 22h desta terça-feira, 14, a direção do SCPar Porto de São Francisco do Sul reviu o prazo de reinício das operações de exportações de grãos para o próximo domingo. A informação pode ser acompanhada neste link.
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A conclusão da reforma de parte da estrutura de uma das esteiras de embarque de grãos do Porto de São Francisco do Sul, que cedeu há dois dias, deve demorar pelo menos até quinta-feira da semana que vem, dia 22. O problema no carregamento dos produtos para exportação no terminal graneleiro impede o embarque de 30 mil toneladas de grãos por dia na unidade. Os impactos financeiros decorrentes do incidente ainda são levantados e ao menos sete navios aguardam à retomada do serviço para zarpar – outros dois chegam ainda hoje.
A exportação de granel sólido via Porto de São Francisco do Sul está paralisada desde a manhã de domingo, 11, quando uma parte de aproximadamente 40 metros da galeria de uma das duas esteiras de embarque cedeu. O problema foi registrado às 10h45, enquanto uma carga era transportada. De acordo com a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), responsável pela manutenção das esteiras, a estrutura foi erguida em 2004, é resistente, e não ficou totalmente comprometida. No entanto as atividades no local foram suspensas até que a situação seja regularizada.
— O terminal graneleiro funciona 24 horas por dia e devido ao desgaste situações como esta podem acontecer com qualquer equipamento. Estamos trabalhando com uma equipe de engenheiros para ter uma solução definitiva para essa avaria com previsão de retomada na quinta-feira da próxima semana. O que precisamos fazer é reforçar a parte de baixo para não ter nenhum perigo dela vir abaixo e depois efetuar o reparo do “tripper” e liberação sem prejudicar outros equipamentos — afirma Alexandre Oliveira, gestor do terminal graneleiro do Porto.
Levantamento dos prejuízos
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Enquanto o reparo não ocorre, o que preocupa as empresas que operam no terminal são os prejuízos com os navios parados ao largo da Baía da Babitonga. Segundo uma multinacional de agronegócio e alimentos que exporta a partir do Porto de São Francisco, cada navio fundeado tem custo estimado de US$ 15 mil por dia. Outras possibilidades, além de inviabilizadas as exportações, a longo prazo, é uma possível saturação dos silos com a permanência dos grãos no porto e filas de caminhões e vagões que descarregam cargas no local.
Porém, para a Cidasc, esses problemas ainda não têm riscos de acontecer porque há grande quantidade de armazéns vazios, que conseguem suportar o volume acumulado. Além disso, não há registro de cargas aguardando por descarregamento no terminal. A companhia, até o momento, também não prevê pagamento de multa em decorrência do acidente.
Em situação normal, o terminal, de 39 mil metros quadrados, conta com capacidade estática de armazenagem para granéis sólidos de 70 mil toneladas, com recebimento de mil toneladas por hora (t/h) e capacidade de expedição nominal de três mil (t/h). Os maquinários devem chegar e a obra deve iniciar ainda nesta semana.
O que diz a administração do Porto de São Francisco
O diretor-presidente do SCPar Porto de São Francisco do Sul, Luís Henrique Furtado, confirma a previsão de que ao menos 50% dos carregamentos sejam retomados na próxima quinta-feira. A totalidade do serviço, segundo ele, deve ocorrer em até 40 dias. Uma empresa está sendo contratada em regime emergencial para os reparos e nos próximos dois anos estão previstos investimentos diretos na reformulação das esteiras de exportação portuárias.
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