A exportação de granel sólido via Porto de São Francisco do Sul está paralisada desde domingo de manhã, quando a galeria de uma esteira de embarque do corredor responsável pela carregamento do terminal graneleiro cedeu. O problema foi registrado às 10h45 e, até a noite de ontem, ainda não tinha prazo para ser consertado e as atividades serem retomadas. Os gestores da empresa que administra o porto, a SCPar, e engenheiros da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), formam o corpo técnico que desde ontem buscam uma solução definitiva, que deve ser divulgada hoje.

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Segundo o Diretor Presidente do SCPar, Luís Furtado, apenas uma das duas esteiras de embarque do Corredor de Exportação de Grãos, chamadas de trippers, apresentou avaria. No entanto, a outra precisou ser desligada por questões de segurança, para garantir que sua movimentação não force a estrutura da galeria que cedeu, causando mais problemas. Por isso, toda a operação do terminal graneleiro, que é de responsabilidade da Cidasc, precisou ser interrompida.

— A galeria será “calçada” e, assim que apresentar condições de segurança, a outra esteira será liberada. Não temos um prazo de quando isso ocorrerá, mas, com certeza, será nesta semana — informou Furtado.

Ainda não há informações do impacto que esta interrupção causará, mas, segundo informações de um representante de uma multinacional de agronegócio e alimentos que opera no Porto de São Francisco, cada navio fundeado tem custo estimado de US$ 15 mil por dia. Além do prejuízo financeiro, a longo prazo, as exportações ficam inviabilizadas e também poderá haver saturação dos silos com a permanência dos grãos no porto e filas de caminhões que descarregam cargas no local.

O terminal graneleiro possui uma área de 39 mil metros quadrados, com capacidade estática de armazenagem para granéis sólidos de 70.000 toneladas, de recebimento de mil toneladas por hora e capacidade de expedição nominal de 3 mil toneladas por hora. O mês de janeiro registrou 265 mil toneladas para exportação, equivalente a 8 mil toneladas por dia, e no mês de março do ano passado, chegou a uma média de 24 mil toneladas por dia.

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Ontem, havia sete navios aguardando carregamento neste píer e outros dois devem chegar até o fim desta semana. Segundo o diretor administrativo e financeiro da Cidasc, Valdo José dos Santos Filho, já foi feito pedido de orçamento a empresas para fazer o reparo na galeria avariada. Ele não informou quando ocorreu a última manutenção no local, mas avisou que há um edital em produção para contratar uma empresa que será responsável pela manutenção do terminal graneleiro em tempo integral.

— Nosso terminal funciona 24 horas por dia, 365 dias por ano. O equipamento tem mais desgaste que os outros e fica sujeito a este tipo de problema — analisou.