Após o vazamento de óleo no Sul da Ilha, que causou a proibição da venda de ostras na Grande Florianópolis, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) irá se reunir com outras associações e organizações do setor para discutir com a Justiça uma nova decisão que seja mais amena e prejudique menos o setor. Por enquanto, os restaurantes da Grande Florianópolis irão acatar a decisão de não comercializar os produtos da maricultura, mesmo sem concordar com a determinação.
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– A decisão é muito extrema. Se o vazamento ocorreu em uma região do Sul da Ilha, não é necessária uma medida que irá prejudicar tanto a economia da maricultura e em toda a Grande Florianópolis. Alguns produtores e restaurantes podem não se recuperar desse prejuízo, que será enorme e ainda imensurável. – disse Fábio Queiroz, presidente da Abrasel.
Os restaurantes dos bairros Ribeirão da Ilha, Lagoa da Conceição e Santo Antônio de Lisboa serão os mais prejudicados. De acordo com o proprietário da Fazenda Marinha Paraíso das Ostras, Vinícios Ramos, alguns dos produtores ainda não sabem como trabalhar nos próximos dias. No Ribeirão da Ilha, haverá uma reunião nesta quinta-feira para traçar novas estratégias dentro dessa proibição. É o segundo grande problema que os maricultores enfrentam nos últimos tempos: a Fenaostra foi cancelada em novembro de 2012, o que trouxe um prejuízo de mais de 1 milhão ao mercado do setor.
>>Entenda o vazamento:
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O óleo vazou de transformadores em uma subestação desativada da Celesc no bairro da Tapera, em Florianópolis, no último dia 19 de dezembro. A subestação fica dentro de um antigo centro de treinamento da Celesc e a área, aos poucos, está sendo cedida à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Já estava em andamento um estudo de impacto ambiental com o setor, mas o vazamento foi o estopim para a decisão da Justiça.
Confira a área com o cultivo proibido:
