Há um ditado no futebol que prega que uma verdade não dura mais do que 24 horas. No caso do Joinville, o Tricolor precisou de mais do que um dia para dar a volta por cima e desmentir os críticos que diziam que ele lutaria para evitar o rebaixamento. Mas, no fim, o JEC mostrou qual é a sua verdadeira face: não a da equipe que teve os muros do centro de treinamentos pichados ao fim do turno, mas, sim, a do clube que voltou a dar orgulho para a sua torcida, que colore o Norte de Santa Catarina com as cores preta, branca e vermelha neste fim de semana.

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Neste domingo, a partir das 16 horas, o JEC recebe a Chapecoense para tentar escrever as páginas finais desta epopeia em busca do título do Campeonato Catarinense. O Tricolor quer fazer da Arena Joinville o palco da batalha que o deixará em uma situação de vantagem antes da partida da volta, no próximo domingo, no Oeste do Estado. Para isso, contará com a massiva força da sua torcida, que promete lotar o estádio e continuar a festa que iniciou na sexta-feira, quando uma imensa camisa do clube foi desfraldada em um prédio na rua Max Colin, na região central da cidade.

Os pontos fortes e fracos de Joinville e Chapecoense

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A Chapecoense é favorita ao título, admite o JEC. O Verdão tem um time mais qualificado tecnicamente, indica o técnico do Joinville. Mas é a todo o suporte incondicional do torcedor do Joinville que o treinador Hemerson Maria pretende honrar nas duas partidas decisivas.

– Nós, treinadores de futebol, temos uma dedicação exclusiva aos atletas e às pessoas que estão em volta, os torcedores. Lógico que é importante, para mim, ser campeão. Mas eu vou ficar feliz se meus jogadores forem campeões, se a cidade for campeã. A torcida do Joinville merece esse título, as crianças merecem, por tudo o que aconteceu nos últimos anos. Ano passado, soltamos um grito entalado na garganta. Nada me tira da cabeça que fomos campeões. Mas se formos campeões neste ano de novo, eu vou me sentir muito bem. Vamos estar presenteando o torcedor, que é o nosso maior parceiro, aquele que jamais nos abandona – pregou Hemerson Maria.

Mistério na escalação

Como exige o clima de decisão, o treinador não deu detalhes de como seu time irá atuar. Descartou a presença de Murilo – com uma lesão muscular – em campo, mas deixou interrogações sobre a participação do zagueiro Rafael Donato e do atacante William Paulista. O técnico sabe que qualquer detalhe pode ajudar o comandante da Chapecoense, Guto Ferreira. Por isso, adotou o mistério.

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Apesar de as ausências preocuparem o torcedor, Hemerson Maria está tranquilo. Em um time em que a individualidade dos atletas está nivelada – salvo raras exceções -, são a força do conjunto e a determinação que podem fazer a diferença para ajudar o JEC a ser campeão.

– Toda equipe tem uma identidade. Tem equipe que joga com a posse de bola, times que apostam na velocidade, no contra-ataque. O Joinville é um time baseado na sua organização tática e na entrega dos jogadores. Se não tiver isso, não anda – frisou o treinador.