A pesquisa feita pela Fiesc foi apresentada para empresários e imprensa nesta segunda-feira na sede da Associação Empresarial de Blumenau (Acib). Além da conclusão de que as obras estão atrasadas, principalmente pela falta de recurso para desapropriações do trecho entre Blumenau e Indaial, a Fiesc afirma que a pressão popular deve ser o diferencial para fazer com o que governo federal invista mais recursos na obra.
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::: Fiesc lança estudo sobre BR-470 e pressiona por recursos
Foi apresentada uma agenda para a infraestrutura e logística do Estado, na qual a entidade defende a criação de um ambiente favorável a investimentos privados em infraestrutura de transporte, tanto por concessões quanto por parcerias público-privadas. A Fiesc defende ainda a implantação de um escritório regional da Agência Nacional de Transportes Terrestres para fiscalizar as obras em solo catarinense.
Sobre a intenção de repassar a administração da BR-470 à iniciativa privada, a entidade defende uma avaliação criteriosa, considerando as obras em andamento e respeitando os contratos firmados para evitar ações judiciais que poderiam prorrogar ainda mais a entrega dos trabalhos.
Desapropriações são o principal entrave
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Para o engenheiro civil responsável pelo estudo, Ricardo Saporiti, o grande entrave nos lotes 3 e 4 é a fase das desapropriações, que aguarda destinação de recurso. Em outros pontos, como a nova ponte sobre o rio Luis Alves – no lote 1 – é visível o início da ação do tempo: os ferros das fundações da estrutura mostram sinais de ferrugem.
– Os serviços são de grande porte e exigem capital e tecnologia para evoluírem. Se não houver recurso, fica difícil – afirma o engenheiro.