Após três meses de espera e muita negociação, o novo patrocinador master da equipe de vôlei de Florianópolis foi revelado: a Rede de Supermercados Imperatriz. Desde a saída da Cimed, em abril deste ano, Renan Dal Zotto começou uma luta incansável para manter o time na Capital.
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Com o apoio inicial da Prefeitura e Unimed, Renan garantiu a presença da equipe na próxima Superliga. Mas, com a chegada do Imperatriz, o projeto ganhou corpo e continuidade. Serão, pelo menos, duas temporadas de investimentos.
Para o Diretor de Marketing da Rede de Supermercados Imperatriz, Julio Lohn, patrocinar a equipe significa, além de fortalecer a marca da empresa, participar de um projeto de sucesso.
– O time de vôlei de Florianópolis ganhou o carinho dos moradores e não iria disputar mais a Superliga, mesmo sendo um dos maiores vencedores. O Imperatriz está abraçando este projeto vencedor para manter um time que caiu na graça das pessoas aqui do Estado e dessa forma aproveitar a oportunidade para aproximar a marca da comunidade – afirma Julio.
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Esse será o maior investimento já feito pela empresa na área esportiva.
– Um investimento neste patamar é o primeiro. No mês em que a Rede Imperatriz completa 38 anos, estamos dando de presente para todos os catarinenses um time de vôlei vencedor, que construiu uma história de sucesso e que, com certeza, trará ainda mais títulos para a nossa cidade.
Tanto equipe, quanto comissão técnica e investidor estão cientes e afirmam que, para este primeiro ano, o objetivo é de ficar entre oito melhores da Superliga. Na temporada seguinte, a intenção é chegar entre os quatro. O mercado está fechado e contratar jogadores de ponta não é ainda a realidade da equipe. O time Super Imperatriz será comandando pelo campeão olímpico Douglas Chiarotti, técnico da Cimed na temporada passada. Ele está radiante com a nova oportunidade:
– Estar em um projeto assim, começando, é muito válido. Quero agradecer ao Renan e ao Imperatriz por essa chance. Os jogadores estão bem cientes da nossa responsabilidade e estão batalhando diariamente para fazer esse projeto acontecer. Eu joguei na Cimed em 2006, no início do projeto, e estou muito feliz e motivado em começar este trabalho – conta Douglas.
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Um projeto de médio a longo prazo
Confira a entrevista com o gestor da equipe, Renan Dal Zotto, concedida com exclusividade ao Diário Catarinense. Após a saída da Sky e da Cimed, o Renan buscava um novo apoiador para manter o projeto e o time em Florianópolis. A equipe está treinando há dois meses e irá disputar cerca de cinco competições na temporada 2012/2013.A apresentação oficial será no dia 3 de setembro, no ginásio Capoeirão.
Diário Catarinense _ Você sempre falou que buscava um parceiro e não um patrocinador. O Imperatriz vem para cumprir esse papel?
Renan Dal Zotto _ Exato. Queríamos um parceiro estratégico para que apostasse no projeto a longo prazo. Não podia ser nada de oportunismo, desespero, apesar das dificuldades. Uma das coisas que nos deixou tranquilo foi também a parceria com a Fundação de Esportes de Florianópolis e com a Unimed, que nos deu segurança para a gente o tempo hábil para correr atrás. Essas parceiras seguraram as pontas nesse início bravamente.
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DC _ É um projeto a longo prazo?
Renan _ Parceria para duas temporadas, mas que pode se tornar cinco ou seis. Queríamos um parceiro que entendesse que o projeto de voleibol em Florianópolis vale a pena. Não queríamos ninguém para apagar incêndio, e sim para colocar combustível par a gente poder incendiar tudo. Essa que é a ideia. Patrocínio, muitas vezes, não é difícil de conseguir. Por indicação, influência, empolgação, mas vai durar ali e acabou. Queremos fazer algo como fizemos com a Unisul e Cimed, e agora vamos construir com o Imperatriz. Temos várias ideias para tornar essa parceria saudável para as partes.
DC _ Qual a realidade do time. Vão buscar que colocação na Superliga?
Renan _ Teremos amistosos, estadual, Jogos Abertos, um torneio em Volta Redonda, outro na Argentina e a Superliga. O objetivo mais importante nesse momento é que o time que temos é para ficar entre os oito primeiros e disputar os playoffs. A tendência é que ano que vem que a gente consiga montar um time para ficar entre os quatro primeiros do Brasil.
DC _ Foram quase três meses em busca desse apoiador. Por que a demora?
Renan _ Tinham outras empresas interessadas, depois deixavam de estar. Algumas queriam apenas salvar o projeto e não era por aí. Eu não queria daqui a oito meses passar pelo mesmo problema. Depois que o Imperatriz veio e entendeu que era um projeto a médio, longo prazo, aí fechou.
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DC _ Além da equipe adulta, existe também um projeto de base?
Renan _ Sim. Uma característica desse projeto também é de formação. Todos os jogadores que estão na seleção, a maioria passou por aqui, veio para cá jovem. Três jogadores daqui, nascidos em Florianópolis já estão treinando no time principal.
DC _ Qual o nome oficial do time?
Renan _ Super Imperatriz.
Conheça os jogadores
Centrais: Renato Felizardo, Gustavo Folle e Bernardo
Opostos: Kaio e Rafael
Ponta: Dirceu, Léo e Marcão
Levantador: Thiago Gelinski, Quaresma e Bernardo
Líberos: Thales e Ariel
Comissão técnica
Técnico: Douglas Chiarotti
Auxiliar: Renato Júnior
Preparador físico: Renato Bacchi
Fisioterapeuta: Matheus dos Santos
Médico: Luis Fernando Funchal
Massagista: Kleevans
Estatístico: José Ricardo
Supervisor: Marcelo Vanzelotti