O ano de 2014 foi marcado por um recorde histórico negativo em Joinville: a cidade alcançou seu maior número de homicídios registrados em apenas um ano. Foram 92 até o último dia 14 de dezembro, enquanto o recorde anterior era de 86 assassinatos em 2009. Relembre os casos do último ano que mais chocaram a cidade:
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Caso Mara
Nenhum outro homicídio teve tanta repercussão em 2014 como o assassinato da universitária Mara Tayana Decker, de 19 anos. Ela foi morta e esquartejada pelo segurança Leandro Emilio da Silva Soares, de 27 anos. Leandro e Mara foram vistos juntos na madrugada do dia 1º de maio, após deixarem um bar da Via Gastronômica, no Centro de Joinville.
Dois dias depois, a jovem foi encontrada morta na casa do acusado, no bairro Guanabara, após ser considerada desaparecida. Leandro chegou a ser considerado foragido, mas se apresentou à polícia e confessou que matou a jovem e passou a esquartejá-la na tentativa de esconder o corpo. No último mês de novembro, ele recebeu condenação de 56 anos de prisão pelo crime – uma das maiores sentenças já aplicadas em Joinville.
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Mãe é morta na frente do filho
Um menino de três anos presenciou o assassinato da própria mãe, morta pelo pai dele, no dia 21 de setembro. O crime aconteceu na zona Sul de Joinville. A criança deixou a casa às pressas e gritou pedindo ajuda, quando foi acolhida por uma vizinha. Ao entrar na casa, a moradora viu a vítima com sinais de esfaqueamento no pescoço e abdômen, já sem vida.
A mulher assassinada era surda, assim como o ex-companheiro, suspeito do crime. Ela havia voltado para a casa dos pais cerca de um mês antes do caso, quando havia se separado dele, e dizia aos vizinhos que estava sendo ameaçada. A polícia prendeu em flagrante o suspeito do crime no mesmo dia. A reportagem omite os nomes da vítima e do suspeito, assim como o endereço do assassinato, para preservar a identidade da criança que presenciou o homicídio, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Morte do cabo Sirlano Pires
O cabo da Polícia Militar Sirlano Pires foi morto com quatro tiros em frente a um estabelecimento comercial do bairro Jarivatuba, no dia 5 de novembro, na zona Sul de Joinville. Sirlano atuava na Companhia de Patrulhamento Tático e chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu.
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A loja de presentes onde aconteceu o crime era de Sirlano e do cunhado dele, que também foi atingido com um tiro no braço, mas sobreviveu. O assaltante, identificado como Cleverson Ferreira, também conhecido como Bugrinho, acabou sendo morto por outro policial quando tentava fugir.
Segundo a PM, o policial passava pelo local quando percebeu que o homem em fuga estava armado. O suspeito teria reagido à abordagem. Ele acabou morto a poucos metros da loja.