O sequestro do empresário de São João Batista, João José Gonçalves, que terminou nesta sexta-feira com a libertação dele e a prisão de dois bandidos, traz à memória dos catarinense outros casos ocorridos no Estado.

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“O mentor do sequestro conhecia os passos da vítima”, afirma delegado

Veja abaixo o levantamento do DC de casos nos últimos 35 anos:

FEV 1980

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Família Hering, Blumenau

Negociação: Sem pagamento

Karl Gustav Sammet, sogro de Ivo Hering, foi sequestrado e teve uma bomba armada no peito. A polícia improvisou uma sala de atendimento de emergência. O artefato foi retirado de madrugada. Havia receio que a bomba explodisse. O sequestrador falava espanhol, se dizia terrorista e foi preso.

SET 1987

Giliard Reis, Itapema

Negociação: Sem pagamento

Tinha cinco anos na época, filho de empresário dono da rede de supermercados Itageli. Foi abordado na saída de um colégio.

ABR 1988

Família Brandalise, Videira

Negociação: US$ 2 milhões

Saul Neto, 14 anos, e Jean Paul, de oito, filhos do então dono da Perdigão, foram sequestrados em casa, em Videira. Três homens renderam o guarda e levaram os meninos, que ficaram seis dias em cativeiro.

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NOV 1988

Zelia da Silva, Araquari

Negociação: CZ$ 2 milhões

DEZ 1988

Pedro Zaits e Carlos Farias, Lages

Negociação: CZ$ 6 milhões

MAI 1991

Reni Caramori, Caçador

Negociação: US$ 132 mil

O empresário da Reunidas, de Caçador, ficou sete dias em poder de sequestradores. O cativeiro ficava num matagal entre Lebon Régis e Timbó Grande. O resgate

foi pago no Paraná.

NOV 1991

Carlos Alberto Battistella, Lages

Negociação: US$ 135 mil

Foi o sequestro que mais tempo durou em Santa Catarina. A vítima ficou 66 dias em cativeiro. Os bandidos exigiam US$ 10 milhões. Os contatos foram poucos, das cidades de Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

DEZ 1995

Pedro Canela, Araranguá

Negociação: R$ 5 mil

OUT 1996

Ivo Milnitz, Pomerode

Negociação: R$ 100 mil

Foi sequestrado na fazenda da família, em Marcelândia (MT). Ele fi cou num cativeiro na selva. O carcereiro do local acabou sendo atacado por uma onça. A própria vítima o teria ajudado a escapar. O bandido decidiu então dar uma arma à vítima para que ela o ajudasse a vigiar as onças.

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NOV 1996

Célia Fiorezzi, Abelardo Luz

Negociação: Sem pagamento

Sequestrada em Abelardo Luz, a jovem com 21 anos foi refém dois dias. O cativeiro fi cava em cima de uma árvore a 350 metros da casa da vítima. Do local o sequestrador podia observar tudo o que se passava na casa.

JAN 1998

Juliana Mendes, São José

Negociação: Sem pagamento

O sequestro da menina de oito anos durou 17 horas. Ela foi sequestrada em sua casa em São José, na Grande Florianópolis. Um locutor de rádio planejou o crime e foi um dos presos.

SET 2001

Edemar Baucke, Indaial

Negociação: Sem pagamento

Tinha 16 anos quando foi sequestrado em Indaial. Ficou 15 horas em cativeiro.

JUL 2002

Giovani Simon, Xavantina

Negociação: Sem pagamento

Estudante na época com 20 anos. Ficou dez dias em cativeiro.

MAR 2003

Empresário de Brusque

Negociação: Sem pagamento

Um empresário de 36 anos na época teria simulado o próprio sequestro. Cortou um dedo supostamente para receber dois seguros de vida. Foi descoberto.

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DEZ 2004

Tangriana Moreira, Florianópolis

Negociação: Sem pagamento

DEZ 2005

Sidnei Hahnemann, Joinville

Negociação: R$ 545 mil e joias

O empresário de 37 anos foi interceptado na entrada da empresa do pai, a Transportes Mann. Os bandidos se identificaram como sendo policiais federais. O sequestro durou 11 dias. O empresário foi libertado em Guaramirim. A quadrilha era internacional formada por bandidos paraguaios. O monitoramento telefônico que levou a polícia até os bandidos teve sucesso em razão de um deslize do paraguaio Idelino Ramón Silvero, o mentor do sequestro: ele utilizou o aparelho da vítima e caiu no grampo policial.

JAN 2006

Rida mahmud Ahmad Mohamma, Florianópolis

Negociação: Sem pagamento

O sequestro do empresário da Capital durou 22 dias. Ele foi libertado em Minas Gerais. Os sequestradores pediam US$ 1 milhão de resgate.

MAR 2006

Eduardo Vini, Criciúma

Negociação: R$ 20 mil

JUN 2007

Nataniel Ribas, Papanduva

Negociação: Sem pagamento

Foi rendido na sua fazenda. Foi encontrado morto. A polícia localizou os sequestradores no dia da morte.

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FEV 2008

José Rebonatto, União do Oeste

Negociação: R$ 50 mil

José, a mulher e o filho foram levados para um cativeiro. O sequestro durou 4 horas e meia. A mulher e o filho foram liberados na BR-282.

JUN 2008

Karoline Souza Nunes, Florianópolis

Negociação: Sem pagamento

JUL 2009

Benta Pivatto, Penha

Negociação: R$ 67 mil

Sequestrada junto com o filho em um hotel. Foi libertada 30 horas depois em São Paulo.

JUL 2009

Alcino Pasqualoto Neto, Itapema.

Negociação: R$ 550 mil

Filho de empresário da construção civil. O sequestro durou 28 horas. Alcino foi libertado em Barra Velha.

JUL 2009

Raul Fernandes Bridi, Caçador

Negociação: R$ 27,5 mil

O médico foi abordado quando ia para a chácara da família. Ficou dez horas em cativeiro.

JUL 2010

Alessandro Webber, Porto União

Negociação: R$ 91 mil

O adolescente de 17 anos foi pego ao chegar em casa. Ficou quatro dias no cativeiro.

JUL 2010

Antônio Carlos Theiss, Florianópolis

Negociação: R$ 2 mil

O engenheiro foi sequestrado no portão de sua casa, no Bairro Trindade, na Capital. Ficou oito horas como refém num cativeiro em São José.

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JUN 2011

Adolescente, Caçador

Negociação: sem pagamento

Uma adolescente de 14 anos, filha de agricultores, foi sequestrada em Caçador. Ela ficou dois dias em poder dos criminosos. Os sequestradores exigiram R$30 mil para libertá-la.

MAI 2012

Carolina Luisa Vieira, Florianópolis

Negociação: sem pagamento

A engenheira Carolina Luisa Vieira, 28 anos, em Florianópolis, foi sequestrada nas proximidades da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e ficou 11 horas em poder de um sequestrador no carro da vítima. Ela foi libertada no aeroporto de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, no Paraná.

SET 2013

Dez pessoas, em Lages

Negociação: sempagamento

Dez pessoas integrantes de famílias de três gerentes de bancos, em Lages, foram sequestradas

JUN 2014

Angelo Antonio, 9 anos, em Ilhota

Negociação: sem pagamento

Terminouu depois de cinco dias o sequestro de um menino de nove anos que mobilizou a Divisão Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic). Angelo Antonio, filho do empresário Jean Carlos de Oliveira de Ilhota, brincava com um patinete motorizado a 250 metros de casa, em Ilhota, quando foi visto pela última vez quinta-feira passada.

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Fontes: Deic e jornais Diário Catarinense, A Notícia e Jornal de Santa Catarina