A entrega do relatório final da CPI da Saúde à mesa-diretora da Câmara de Vereadores de Joinville foi garantida sem que houvesse qualquer alteração ao texto original, mas não evitou uma nova rodada de polêmicas e contestações antes que o documento fosse levado a plenário nesta terça-feira.
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Único membro da CPI declaradamente oposicionista, o vereador Maycon Cesar (PSDB) tentou segurar a tramitação do relatório, que tem como prazo final de entrega a próxima sexta-feira. Maycon alegou em requerimento que o vereador João Carlos Gonçalves (PMDB) não poderia ocupar a posição de presidente da comissão por ser aliado do prefeito.
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Como servidores do setor jurídico não apontaram falta de imparcialidade por parte de João Carlos Gonçalves à frente da CPI, o questionamento não foi acatado. Maycon Cesar chamou o relatório de “fraude” e alegou que apenas os coordenadores das unidades de saúde, na condição de comissionados, tinham o direito de se manifestar nas visitas da CPI. Ele ainda prometeu apresentar documento com conclusões próprias ao Ministério Público.
Em resposta, João Carlos Gonçalves ironizou a demora para que a cadeira de presidente fosse questionada – a CPI foi formada em agosto. Relator da comissão, Jaime Evaristo (PSC) reforçou a imparcialidade da apuração.
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Já Roberto Bisoni (PSDB) votou a favor do relatório, mas apontou que o trabalho da CPI “não vai melhorar nada, só dar mais polêmica” e ainda comentou que Jaime Evaristo “se achava o dono da verdade” nas visitas às unidades de saúde.
O único voto contrário entre os membros da CPI foi de Maycon Cesar. O vereador Manoel Bento (PT) não participou da reunião porque perdeu um familiar. Toda a documentação da CPI será encaminhada à Prefeitura, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado.