Em viagem a Brasília, a reitora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Roselane Neckel, negou que tenha sido coagida a aceitar uma investigação contra o tráfico dentro da UFSC, como foi sugerido durante entrevista coletiva com o superintendente da Polícia Federal (PF) em Santa Catarina, Clyton Eustáquio Xavier, na manhã desta terça-feira.
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Através de sua assessoria de imprensa, Roselane reiterou o que havia dito durante assembleia com estudantes de que foi intimada pela Polícia Federal e compareceu à Superintendência acompanhada do procurador da UFSC. Lá ela foi orientada a dar autorização para a investigação dentro do campus.
Sobre as declarações do superintendente, a assessoria de imprensa da reitora repassou a orientação de que o momento não é de acirrar o debate entre as duas instituições, mas distensionar. Até o fim desta semana, quando regressa do Distrito Federal, Roselane deve se pronunciar sobre o caso e marcar um encontro com o responsável pela PF no Estado.
A crise entre PF e UFSC iniciou-se na última terça, quando uma ação policial dentro do campus resultou em um confronto de forças entre agentes de segurança e estudantes. A guerra de declarações acirrou as relações entre as duas instituições, que trocaram farpas através de seus representantes. No dia 28 de março foi aberto inquérito para apurar os fatos em torno da confusão para, inclusive, avaliar se houve excesso no uso da força por parte da polícia.
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Lei de Segurança Nacional
O Ministério Público fez um pedido à PF para que investigue o conflito ocorrido na UFSC com base na Lei de Segurança Nacional.
Os artigos citados pelo pedido são: 18 (tentar impedir o livre exercício dos poderes da União), 20 (depredar por inconformismo político), 22 (fazer propaganda de processos violentos para alteração da ordem política ou social) e 23 (incitar à subversão da ordem política ou social).