Com 821 casos confirmados de dengue em Itajaí, o aparecimento de focos dos mosquito em casas e comércios de bairros ainda sem registros da doença acende novo alerta. Desde a última quinta-feira, agentes de endemias encontraram 25 novos criadouros do Aedes aegypti no Centro e na Vila Operária.

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– Começamos a fazer o diagnóstico nestes bairros e mesmo com tudo que foi dito estamos encontrando focos em residências. Para se ter uma ideia achamos criadouros em bromélias, pratos de plantas e em três vasos sanitários abandonados – conta o coordenador do Programa de Combate à Dengue, Lúcio Vieira.

Conforme o último relatório da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive), o número de focos tem aumentado na cidade: foram de 117 em fevereiro para 128 em março. Além da falta de cuidados com a proliferação do mosquito, a situação preocupa porque pode trazer graves consequências no próximo verão.

– No inverno temos uma diminuição na incidência de mosquitos da dengue, mas os ovos podem sobreviver fora da água por 18 meses e eclodir no próximo verão. Se isso ocorrer podemos ter o agravante da dengue hemorrágica na cidade.

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Em estado de surto desde janeiro deste ano, Itajaí reconheceu no fim de março viver uma epidemia concentrada de dengue – isso porque os casos de contaminação estão restritos à região do São Vicente e Cordeiros. O município não conseguirá eliminar o mosquito da dengue tão cedo, avalia Vieira. Os cuidados vão precisar ser mantidos durante todo ano para reduzir a incidência do Aedes aegypti e, consequentemente, diminuir também o número de casos.

Estabilização

A diretora de Vigilância Epidemiológica de Itajaí, Rachel Marchetti, explica que a previsão de estabilização dos casos de dengue vem se concretizando neste mês, apesar do total de contaminações seguir aumentando. De acordo com a profissional, a confirmação de novos casos corresponde a 30% do número de suspeitos e esse percentual deve diminuir em maio. O pico de transmissão do vírus foi em fevereiro, quando o índice de confirmação chegou a 50% dos casos suspeitos.

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