Apesar das críticas dos vereadores da oposição, a Câmara de Vereadores de Joinville aprovou em primeira e segunda votação nesta segunda-feira a reforma administrativa da Prefeitura de Joinville, a segunda do governo Udo Döhler (PMDB).

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Com pressa para decidir o futuro da matéria, a base governista e a administração municipal convocaram uma reunião da Comissão de Legislação para discutir a proposta e agilizar sua tramitação. Diante da aprovação pelo grupo, a proposta foi direto para a votação na sessão desta segunda-feira.

A decisão de não levar o projeto à outras comissões, como a de Finanças e a de Urbanismo, virou a principal queixa da oposição. O vereador Odir Nunes (SDD) fez críticas aos colegas, alegando que regimento interno estava sendo desrespeitado.

-É impossível que não se tenha nenhum impacto financeiro com a reforma. Nós estamos jogando o regimento interno no lixo-, queixou-se.

Em resposta, o líder do governo, Rodrigo Fachini, defendeu que a Câmara precisava ajudar a Prefeitura votando rapidamente a proposta.

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-Precisamos dar todas as condições de trabalho à Prefeitura para que eles possam implantar as ações que julgarem necessárias.

Ele ainda reclamou sobre o que considerou um “enxugamento” da estrutura da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), que perdeu na reforma alguns serviços estratégicos para se concentrar no desenvolvimento de projetos.

O vereador Adilson Mariano (PT), o único a votar contra a reforma, disse estar preocupado com relação às mudanças na Fundema. Para ele, o órgão vai se transformar em um “aprovador” de projetos na cidade, perdendo seu caráter fiscalizador.

Respostas

Os parlamentares governistas agiram rápido para evitar que a discussão se prolongasse. Após a votação de um requerimento para que a matéria fosse priorizada, a reforma foi aprovada em primeira e segunda votação, seguindo agora para a sanção do prefeito Udo Döhler (PMDB). A intenção é concluir as mudanças na administração municipal em até 60 dias, prazo no qual as secretarias farão a transição de funções.

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A proposta da Prefeitura com a reforma é agilizar os processos, reduzir a burocracia e melhorar a gestão relacionada às atividades da Fundema, Ittran e Seinfra. Além disso, a reforma autoriza algumas mudanças no organograma do Executivo, como as criações das secretarias de Governo, a de Serviços Público e a fusão das secretarias de Administração e Planejamento.