Desta vez, os consumidores de Joinville não devem sentir a redução no preço da gasolina anunciado pela Petrobras na última semana e que passou a valer em suas refinarias já a partir do sábado.

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Nesta segunda-feira, o presidente do Sindicato dos Postos de Combustíveis (Sindipetro), Reinaldo Francisco Geraldi, comentou o caso.

– Essa redução foi apenas para as refinarias e num valor muito baixo. Só o etanol já subiu R$ 0,30 nos últimos dias e não houve repasse. A Petrobras precisa deixar esses preços mais claros para o consumidor – disse o representante dos postos em Joinville.

Em setembro, Joinville tinha a gasolina mais barata do Estado.

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O anúncio da última semana faz parte de uma nova política de preços da gasolina e do diesel. Em comunicado, a estatal informa a redução do preço do diesel em 2,7% e da gasolina, em 3,2%. Os novos valores passaram a valer a partir de sábado, mas apenas nas refinarias.

A expectativa dos motoristas era de que o impacto no preço final poderia reduzir o preço do litro da gasolina e do diesel nos postos em pelo menos R$ 0,05.

Segundo o Sindipetro, é pouco provável que os consumidores percebam mudanças entre as redes ou mesmo nos postos em que abastecem normalmente. O levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP), na semana entre os dias 10 e 17 de outubro, apontou preços cobrados em Joinville entre R$ 3,19 a R$ 3,56.

– Desta vez não deve haver qualquer mudança. Talvez em outras reduções – diz Geraldi.

No caminho da refinaria até o posto, o preço dos combustíveis é influenciado por diversos fatores, como valor do etanol, dos custos de distribuição e de revenda e os tributos estadual (ICMS) e federais (Cide e PIS/Cofins).

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Por isso, a política da Petrobras para formação dos preços precisa ser mais agressiva para impactar e permitir que haja baixa nas bombas.

A decisão da Petrobras permite que, a partir de agora, os valores cobrados nas refinarias estejam alinhados às cotações internacionais. Isso significa, por exemplo, que a estatal não terá mais prejuízos ao subsidiar os combustíveis no mercado interno, praticando preços inferiores ao do exterior, como ocorreu no passado recente. Mas isso será sentido aos poucos pelo consumidor.

Os preços serão reavaliados pelo menos uma vez por mês. Isso indica possibilidade de redução, manutenção ou até aumento.