O representante comercial Marcelo Lourenço, 43 anos, trabalha diariamente circulando pela cidade de carro e ficou feliz em perceber a queda no preço da gasolina nos postos de combustíveis de Joinville. Na manhã de quarta-feira, ele pagou R$ 2,99 pelo litro da gasolina, um valor bem abaixo dos R$ 3,40 que costumava gastar há poucas semanas.
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– Joinville tem a gasolina mais barata da região, até em comparação com o Paraná, onde sempre foi mais barato – diz Marcelo.
Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que, entre 21 e 27 de agosto, o valor médio da gasolina era de R$ 3,284 na cidade. No levantamento, que leva em consideração a média dos preços em 22 municípios catarinenses, Joinville tem a gasolina mais barata do Estado.
A cidade está a frente de Brusque (R$ 3,29), Blumenau (R$ 3,397) e Itajaí (R$ 3,398). No Norte de SC, Jaraguá do Sul tem média de R$ 3,507 e, no Planalto Norte, Mafra aparece com R$ 3,724.
Os números apresentam valores médios praticados nas cidades, o que significa que os consumidores podem encontrar preços ainda menores e economizar mais, caso pesquisem. A reportagem de “AN” circulou pela cidade e observou o preço da gasolina em dez postos de combustíveis, em diferentes regiões. O valor mais baixo encontrado foi de R$ 2,99 e o mais alto, de R$ 3,49.
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O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina (Sindipetro), Reinaldo Geraldi, confirma que houve queda no valor da gasolina e ressalta que a cidade vive um período de forte “guerra de preços”. Ele diz que a explicação para a redução está nas distribuidoras.
– O revendedor apenas repassa os descontos para a bomba para melhorar seu poder de competição – explica.
Sindicato preocupado com a instabilidade do setor de postos
Ainda que a gasolina mais acessível agrade aos consumidores, o Sindipetro afirma que os preços artificiais têm colocado em risco um setor importante para o município, que gera empregos, renda e tributos.
Segundo nota do sindicato, mais de dez postos de combustíveis fecharam as portas nos últimos 11 meses em Joinville, o que representa queda de 10% no número de estabelecimentos em operação.
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De acordo com o Sindipetro, a crise econômica, somada à grande concorrência do setor, elevados custos com despesas, altos encargos financeiros e a alta carga tributária sobre o produto são os maiores desafios da revenda.
– Muitos outros postos de nosso município correm o risco de seguir o mesmo caminho – avalia Reinaldo Geraldi.
O sindicato afirma que esta é a pior situação enfrentada pelo segmento em sua história e que o cenário de deterioração do setor não se resume a Joinville, mas tem se espalhado por outras cidades de Santa Catarina.
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CONFIRA
Preço médio da gasolina em Santa Catarina em levantamento feito entre 21 e 27 de agosto*
Joinville – 3,284
Brusque – 3,29
Blumenau – 3,397
Itajaí – 3,398
Laguna – 3,403
Tubarão – 3,447
Araranguá – 3,461
Jaraguá do Sul – 3,507
Criciúma – 3,507
Balneário Camboriú – 3,508
Chapecó – 3,577
Lages – 3,625
Videira – 3,646
Palhoça – 3,669
Concórdia – 3,67
Florianópolis – 3,675
São José – 3,678
Biguaçú – 3,679
Mafra – 3,724
Caçador – 3,735
Xanxerê – 3,75
São Miguel do Oeste – 3,792
PESQUISA EM JOINVILLE*
17 postos pesquisados
Preço médio – R$ 3,284
Preço mínimo – R$ 3,19
Preço máximo – R$ 3,399
* Fonte: ANP
** Os números apresentam valores médios praticados nas cidades. O consumidor pode encontrar preços ainda menores se pesquisar.
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