A Rede de Atenção Psicossocial de Joinville é composta por diferentes níveis. Além dos locais de atendimento, o coordenador municipal de saúde mental, Nasser Barbosa, afirma que há treinamento para que os agentes comunitários possam identificar tanto transtornos emocionais, quanto problemas como dependência química e de álcool para que possam encaminhar os pacientes aos tratamentos específicos.

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A questão passa também pela aceitação do paciente de que precisa de ajuda.

– A saúde mental não é uma ciência exata. Ela precisa do desejo do paciente de se curar – afirma.

COMO FUNCIONA

Básico: a porta de entrada está nas unidades básicas de saúde (UBS), que possuem equipes de saúde mental para tratar de casos leves a moderados de depressão e transtornos de humor. O atendimento varia com base no quadro do paciente, que passa inicialmente por uma palestra e escutas individuais, como uma primeira avaliação que irá fazer o encaminhamento para o tratamento necessário, que pode ser com o psicólogo da unidade ou em centros de atenção psicossocial.

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Tratamento: trata-se do serviço especializado no Pronto Acolhimento Psico-social (Paps), no qual o paciente terá atendimento psicológico e psiquiátrico. Geralmente ocorrem três ou quatro encontros e, após uma avaliação, o paciente pode continuar o tratamento ou ser reencaminhado para o psicólogo da unidade de saúde. A primeira consulta precisa do encaminhamento do psicólogo da UBS.

Semi-internação: uma equipe multidisciplinar trabalha com tratamento intensivo em casos de surto ou situação de pré-surto, quando o paciente ainda não precisa ser internado, mas passa todos os dias da semana no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) com atividades terapêuticas, atendimento psiquiátrico e encontros com assistente social. A busca pode ser espontânea ou por encaminhamento (exceto o Caps infantil, que atende apenas com encaminhamento).

Internação: a internação ocorre quando os sintomas psicóticos podem fazer com que a pessoa seja um perigo para si mesma ou para outras pessoas. O objetivo é que a internação seja breve, apenas como contenção do paciente, para depois o tratamento continuar no Caps. Em Joinville, ela ocorre no Hospital Regional Hans Dieter Schmitd e no Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria (em caso de menores de 18 anos).

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