Natural de Buenos Aires, o Rata Blanca se aproxima do trigésimo aniversário se mantendo como o mais emblemático nome da Argentina e um dos mais lembrados em se tratando de heavy metal cantado em espanhol. Seja pesado ou mais melódico, sua proposta sempre transitou entre o hard rock e o power metal com fortes tendências neo clássicas.
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Após sete anos afastado da cena, no final de 2015 o Rata Blanca liberou Tormenta Electrica, seu décimo álbum de estúdio (considerando que The Forgotten Kingdom, de 2009 e com o cantor escocês Doogie White, é a versão em inglês de El Reino Olvidado). O mentor e guitarrista Walter Giardino – já disseram por aí que este é um filho não reconhecido de Ritchie Blackmore – concebeu as novas canções focado basicamente no hard das décadas 1970 e 1980 e, ora vejam, manteve afastados os citados elementos neoclássicos.
Com a sempre boa sinergia entre Giardino e o vocalista Barilari, o que agora predomina são os riffs e muitos solos, que inclusive se intercalam com os de teclados. Sem tantos adornos, o repertório foi construído para ser heterogêneo, com temas mais rápidos (Tormenta eléctrica e El espectro), cadenciados (El jugador e Tan lejos de aquel sueño), balada (Pequeño ángel oscuro) e instrumental (Batalla persa). E há até ocasião inusitada em Rock and Roll Hotel, com influência direta de AC/DC (!?!).
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Gravado no Brotheryn Studios (Califórnia) e masterizado no Roma Phonic (Buenos Aires), a orientação mais direta de Tormenta Electrica pode vir a desagradar parte do público. Compreensível, mas, ainda assim, está para surgir alguma banda argentina que se aproxime do reconhecimento conquistado pelo Rata Blanca. Um bom disco, e que proporcionará algum déjà-vu aos fãs de Rainbow, Malmsteen, Ozzy e afins. lml
Rata Blanca: Tormenta Electrica
Embed(2015 / independente – importado)
01. Tormenta eléctrica
02. Los chicos quieren rock
03. Tan lejos de aquel sueño
04. Rock and Roll Hotel
05. Buscando pelea 06. Rebelde y solitario
07. El jugador
08. Señor espectro
10. Batalla persa¿
*Ben Ami Scopinho está há mais tempo em Floripa do que passou em sua terra natal, São Paulo. Ilustrador e designer no DC, tem como hobby colecionar vinis e CDs de hard rock e heavy metal. E vez ou outra também escreve sobre o assunto.