O Figueirense não briga por mais nada no Campeonato Brasileiro, mas tem o jogo de despedida contra o Sport, que luta para não cair, no próximo domingo. E para este confronto o Furacão estará desfalcado. O zagueiro Werley, que ficará sem contrato nesta semana, o meia Dodô, que tem casamento marcado bem no dia da partida, e o atacante Rafael Moura, que pediu para não jogar mais por conta do acidente com o avião da Chapecoense, estão fora da partida.

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Como tem contrato de empréstimo com o Figueirense somente até o fim do ano, o camisa 9 não deve mais atuar pelo Alvinegro e, assim, retornará ao Atlético-MG.

– A essência do futebol, do esporte, é a competitividade, a busca incessante pela vitória, e nesse momento eu não tenho condições de estar em campo e ter essa postura – escreveu Rafael Moura.

Confira a carta do jogador em sua conta no Instagram:

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Na semana passada, eu e outros jogadores do Figueirense que têm contrato com o clube encerrando agora em dezembro fomos procurados pela diretoria e informados de que estávamos dispensados dos dois últimos compromissos pelo Campeonato Brasileiro. A ideia era que a comissão técnica pudesse dar chance aos atletas que ficarão aqui no ano que vem já pensando no planejamento da próxima temporada. Na ocasião, conversei com o Marquinhos, nosso técnico, e o Léo Franco, superintendente do Figueirense, disse que queria cumprir meu contrato até o final e encerrar minha passagem aqui de forma honrosa, mesmo com a nossa situação no campeonato já definida.

Meu pedido foi aceito, e eu fiquei em Florianópolis treinando normalmente durante a semana para o jogo contra o Fluminense. Queria fechar a temporada brigando até o final, vencendo os nossos dois últimos adversários, como de fato aconteceu no domingo passado, e dar ao torcedor a certeza de que o ano que vem será melhor.

Porém, a tragédia que vivenciamos essa semana com a Chapecoense mudou tudo o que pensamos, o que queremos, de forma extremamente profunda, desde as coisas mais banais até as mais importantes. Perdi amigos, perdi colegas da imprensa que faziam parte da nossa rotina, no CT, em jogos ou em programas esportivos… cada um tem o direito de ter sua opinião, mas, em uma situação tão inimaginável, provavelmente a maior tragédia que o esporte mundial já vivenciou, Eu não consigo estar em campo contra o Sport. A essência do futebol, do esporte, é a competitividade, a busca incessante pela vitória, e nesse momento eu não tenho condições de estar em campo e ter essa postura, que sempre tive por onde passei. Por isso, venho esclarecer que, da mesma forma que uma semana atrás eu pedi para jogar os dois jogos restantes, hoje estou aqui para dizer que não estarei com o grupo na viagem para Recife.

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Conto com a compreensão de todos.

Rafael Moura

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