Um dia depois da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que revogou a cassação de sua candidatura à reeleição em 2012, o ex-prefeito Carlito Merss (PT) prepara seu retorno a Joinville e diz que ainda não sabe se vai procurar algum tipo de reparação pelo que considera “um massacre” sofrido em sua campanha após o processo.
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Confira a entrevista a seguir:
A Notícia – Como o senhor recebeu a decisão do TSE de revogar a cassação de sua candidatura?
Carlito Merss – Eu estou em Brasília trabalhando. Eu fico aliviado, fico feliz. Recebi muitas manifestações, muita gente me procurando para dizer que acreditava que a decisão seria revertida. Mas é um misto de sentimentos. Sabe como é, a gente perdoa, mas não esquece.
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AN – O senhor comemorou a decisão de alguma forma?
Carlito – Hoje (sexta-feira), minha esposa está aqui (em Brasília) e vou comemorar com ela e alguns amigos. Conversei com o Voltolini (Eni Voltolini, que foi candidato a vice-prefeito) sobre a decisão e disse que, como ele assume no fim do mês uma vaga na Assembleia Legislativa, eu vou à posse e vamos tomar um vinho para comemorar um pouco.
AN – O senhor pretende buscar algum tipo de reparação judicial com relação ao caso?
Carlito – Não sei ainda. A pergunta que eu faço é: e o prejuízo? E o estrago? Nós tínhamos pesquisas que mostravam a nossa recuperação, tínhamos uma boa aliança e eu não tenho dúvidas de que iríamos para o segundo turno. Mas aí veio a cassação e nisso eu devo ter perdido, por baixo, uns 4%, 5% dos votos que eu teria. Eu fui tirado do segundo turno e não acontece nada? Eu fui quase destruído politicamente.
Vou conversar com mais pessoas para ver que tipos de medidas se tomam quando uma coisa dessas acontece. Eu fui prejudicado. Quem vai pagar por isso?
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AN – O senhor deve voltar em breve a morar em Joinville. Já sabe quando isso deve acontecer?
Carlito – Meu trabalho aqui em Brasília está acabando. Estarei aqui por mais algumas semanas e acredito que até o final do mês estarei de volta morando em Joinville.
AN – Quais são seus planos após a decisão do TSE? O senhor será mesmo candidato a deputado federal nas eleições de 2014?
Carlito – É algo para se discutir com o partido, tem muita gente perguntando. Depois do massacre que eu sofri, fico feliz que ainda tenha condições de concorrer. E claro que, sendo candidato, eu posso contribuir muito para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), que é o nosso principal objetivo.
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AN – A rejeição das contas pelo TCE-SC do seu último ano de mandato o preocupa?
Carlito – Isso é mais simples, eu não fui notificado pelo TCE-SC e acabei não tendo defesa. Quando nosso advogado nos ligou, já era a semana do julgamento. Estou resolvendo isto, é bem mais tranquilo.