O prédio do 10º Batalhão de Polícia Militar em Blumenau ficará pelo menos mais 11 dias às escuras. Nesta quinta-feira representantes da Power Line Engenharia, de Palhoça, visitaram a sede na Rua Almirante Barroso e informaram que os reparos nos dois terços das instalações, sem energia elétrica há 32 dias, começarão segunda-feira e devem ser concluídos até o dia 17. A empresa venceu a licitação aberta pelo comando da PM e fará troca da fiação elétrica, cabeamento aéreo, mudanças nos disjuntores, quadros de distribuição e desativação da rede subterrânea. Os consertos custarão R$ 60 mil.

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Desde 4 de novembro, quando o sistema elétrico sofreu uma pane, salas de aula, alojamentos, cozinha, refeitório, reserva de armamento, corregedoria, setor de trânsito, de pessoal e de boletins são afetados pela falta de energia, conforme o comandante do batalhão, o tenente-coronel Cláudio Roberto Koglin. Ele detalha que soluções paliativas como o uso de um gerador foram descartadas, uma vez que o equipamento poderia causar sobrecarga na fiação atual e causar nova pane elétrica.

Para tentar manter um mínimo de atendimento no setor administrativo, o trabalho é dividido em três turnos, já que não há salas ou computadores suficientes para que os serviços funcionem normalmente. O comandante do batalhão de Blumenau destaca que a extinção do Fundo de Segurança de Blumenau (Funseb) tem impacto na solução de problemas como a falta de energia:

_ O Fundo faz toda a falta. Com ele o problema teria sido resolvido em no máximo 30 dias. Existindo o fundo, a manutenção básica de nosso quartel estaria em dia, já que para este ano estava previsto tal investimento.

O coordenador do curso superior de tecnologia em Segurança Pública da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Itamar Pedro Bevilaqua, qualifica como inadmissível a falta de energia elétrica enfrentada pela PM:

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_ É uma situação de logística e de estrutura básica que tem que ser prioritária em qualquer atividade pública e principalmente quando se trata de segurança pública.