“Quando se aproxima o Carnaval, a gente fica apavorado”, afirma presidente do Sindicato dos Taxistas de Florianópolis

O presidente do Sindicato dos Taxistas de Florianópolis, Zulmar de Faria, considera uma tragédia a morte do taxista Robson Tiago Andrade. Ele explica que os assaltos a taxistas são comuns em Florianópolis, principalmente em períodos de festa. Para ele, a operação chamada Quatro Rodas, da Polícia Militar, que determina períodos prolongados de tempo (em horários alternados do dia) para blitz exclusiva a taxistas, deve ajudar a combater o problema.

Confira a entrevista que o presidente do Sindicato dos Taxistas de Florianópolis concedeu ao Diário Catarinense:

Diário Catarinense – Como está a situação dos táxis em Florianópolis neste sábado?

Zulmar de Faria – A Rádio Táxi está funcionando, mas tem um grupo de taxistas muito revoltado que não está deixando eles trabalharem. A gente entende a situação, está todo mundo revoltado. O pessoal do Rádio Táxi está tendo dificuldades em soltar a corrida, em função desse pessoal, que tranca para o pessoal não liberar a corrida. A situação será normalizada e a população não deve sofrer com isso.

DC – Assaltos são comuns aos taxistas?

Faria – Os assaltos são bastante comuns, a morte que não é uma coisa muito comum. Ele foi bastante esfaqueado, creio que deve ter reagido ao assalto. Os assaltos ocorrem com bastante frequência, principalmente nas épocas de festa. Quando se aproxima o Carnaval, a gente fica apavorado.

DC – A operação Quatro Rodas da Polícia Militar pode amenizar o problema?

Faria – Como a gente não tem atualmente nenhuma outra forma de garantir a nossa segurança, a blitz da PM é muito válida. O que a gente realmente quer é que a PM faça bastante blitz, que revistem passageiros e até mesmo taxistas. É uma maneira de proibir esse tipo de coisa. A gente não tem mais o que fazer.

DC – Pode acontecer de taxistas se negarem a fazer corridas para locais considerados arriscados?

Faria – Tem lugar que o cara acha que vai correr risco, ele acaba negando a corrida. A gente não orienta a fazer isso, mas acabam fazendo sem que a gente queira.

DC – Qual era a intenção da mobilização deste sábado?

Faria – O pessoal fica revoltado. Fizeram a mobilização de manhã. Tu imagina a revolta que esse pessoal tá, né? Se eles pegam quem fez isso, a gente não tem nem ideia do que vai acontecer.