A quadrilha suspeita de cometer fraudes contra o sistema financeiro nacional, que foi desarticulada nesta quarta-feira em Itajaí e Balneário Camboriú pela Polícia Federal, agia através de corretoras e casas de câmbio. Segundo o delegado chefe da PF de Itajaí, Luciano Raizer, as operações eram feitas sem o controle do governo, para encobrir atividades ilícitas, como sonegação, tráfico de drogas, caixa 2, entre outras.

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– As oito pessoas presas temporariamente detém estabelecimentos irregulares. Quem procurava esses operadores muitas vezes pagava mais caro para esconder essa operação. Se isso não foi declarado tem que ter uma justificativa para não ser ilícito – comenta.

O delegado também explica que as empresas de fachada eram utilizadas para facilitar o envio de dinheiro para fora do país, sem controle ou pagamento de tributos.

– A atuação consistia na remessa de dinheiro para fora usando essas empresas de fachada, além da compra e venda e moeda estrangeira com irregularidades. A partir do que foi apreendido também podemos identificar outros crimes – avalia.

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Raizer afirma ainda que o dinheiro era enviado para diversos países, mas principalmente Europa, China e Estados Unidos. As principais moedas envolvidas no esquema eram peso argentino, dólar, real e euro. A compra de imóveis em Balneário também foi investigada no inquérito da PF.

– Na operação os bens imóveis foram identificados por envolver essa movimentação paralela. Não posso afirmar, mas tudo leva a crer que era para encobrir algo ilícito – revela.