Policiais da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) investigam a possibilidade de a quadrilha que atacou e explodiu um carro-forte na terça-feira, entre Videira e Fraiburgo, no Meio-Oeste, ser de fora de Santa Catarina. O bando usou armamento calibre ponto 50, altamente destrutivo para perfurar blindagens e de uso é incomum no Estado.

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Nesta quarta-feira, a equipe da Divisão de Roubos e Antissequestro da Deic, de Florianópolis, continuava na região em busca de pistas dos assaltantes. O valor levado no roubo contra o blindado da Prosegur, segundo a Deic, é milionário — a quantia não foi divulgada.

Segundo o delegado da Deic, Anselmo Cruz, esse tipo de armamento e modus-operandi do roubo foram utilizados em três ataques semelhantes a carro-forte no Paraná e dois no Rio Grande do Sul. A munição calibre ponto 50 costuma ser adquirida no Paraguai.

— Com esse tipo de armamento, altamente pesado, para furar blindagem e capaz até de derrubar avião, não se tinha notícia em Santa Catarina. São quadrilhas altamente especializadas e estamos atrás — disse Anselmo.

Placa de ferro para posicionar armas

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Ao menos 10 assaltantes agiram. Além do armamento pesado, chamou a atenção da polícia uma placa de ferro colocada e adaptada dentro de um Chevrolet Cruze utilizado pela quadrilha. Ela servia como proteção e para posicionar a metralhadora nos disparos no momento de interceptar o carro-forte. O veículo havia sido roubado em Curitiba. A Deic também deverá abrir investigação para apurar o sumiço de objetos que teriam sido levados de dentro do carro após a ação dos bandidos.

O roubo ao carro-forte foi por volta das 10h40min de terça no Km 42 da SC-355, entre Videira e Fraiburgo, em local conhecido como Ponte da Barra. Os criminosos bloquearam a via incendiando uma S-10 na ponte e atiraram para fazer o carro-forte parar. Apenas um segurança do blindado ficou ferido levemente. Motoristas que transitavam na rodovia relataram pavor e medo com a ação dos ladrões.

Houve reforço pela Polícia Militar na caçada aos assaltantes com o helicóptero Águia e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), mas ninguém foi preso até a tarde desta quarta-feira.

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