O presidente russo, Vladimir Putin, tem assuntos mais importantes para tratar do que o destino do fugitivo americano Edward Snowden, declarou nesta sexta-feira seu porta-voz Dmitri Peskov.
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– Você já viu a agenda do presidente? Há assuntos mais importantes do que Snowden, como o desenvolvimento da região de Sakhalin (Extremo Oriente), a região de Chita(Sibéria Oriental) – disse Peskov.
Enquanto permanecem as tensões entre Moscou e Washington, o jornal The New York Times afirmou que a visita do presidente Barack Obama à Rússia, anunciada para os dias 3 e 4 de setembro, à margem do G8, pode não acontecer.
O presidente Putin procurou na quarta-feira acalmar os ânimos quanto ao futuro de Edward Snowden, garantindo privilegiar as boas relações com os Estados Unidos, enquanto que o fugitivo americano pediu asilo temporário à Rússia, e até cogita permanecer de forma definitiva.
Questionado sobre a possibilidade da obtenção da cidadania russa para Snowden, Peskov disse:
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– Pedidos de cidadania de qualquer pessoa serão examinados.
Edward Snowden, bloqueado há mais de três semanas em um aeroporto de Moscou, solicitou oficialmente na terça-feira asilo temporário na Rússia para poder seguir viagem à América Latina, onde teve seu asilo político aceito.
EUA insistem com a Venezuela que Snowden deve enfrentar a justiça
Os Estados Unidos reiteraram junto à Venezuela que o ex-técnico da inteligência americano Edward Snowden, a quem Caracas ofereceu asilo, deve enfrentar a justiça de seu país, informou nesta sexta-feira um funcionário do departamento de Estado, que não quis ser identificado.
Em uma telefonema, o secretário de Estado americano, John Kerry, conversou com o ministro venezuelano das Relações Exteriores, Elías Jaua, sobre o fato de Snowden “alvo de acusações criminais sérias e deveria voltar aos Estados Unidos para enfrentá-las, caso venha a ficar sob jurisdição venezuelana”, contou a fonte à AFP.
O presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, é um dos dirigentes que mais defendeu Snowden e, em 5 de julho, ofereceu asilo a ele de forma oficial, assim como a Nicarágua e a Bolívia.
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Segundo a fonte, Kerry não mencionou em sua conversa com Jaua que implicações teria um possível asilo de Snowden em Caracas na relação entre os dois países, que recentemente retomaram o diálogo para a volta de embaixadores, depois de anos de relações tensas.