Sem candidato a governador desde 1990, o PSDB de Santa Catarina volta à disputa em 2014: Paulo Bauer teve a candidatura homologada na noite de ontem em convenção realizada na Assembleia Legislativa.

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A candidatura própria foi aprovada por 204 (99,52%) dos 205 delegados que participaram da votação. A Executiva do PSDB de SC recebeu ainda a autorização para definir até segunda-feira as alianças (202 dos 205 votos) e os nomes dos candidatos a vice e a senador (196 votos). Para um auditório lotado, o agora candidato não fez críticas aos antigos aliados, disse não ter queixas e ressaltou que o PSDB sempre cumpriu o que prometeu.

– Não faço a política da esperteza e da intriga. Faço a política da razão, por isso estou aqui – disse o tucano.

Bauer ressaltou o tom propositivo de sua campanha ao falar em “começar uma nova história” e num governo “menor e melhor”, com prioridade para a saúde, educação e segurança.

– Não queremos um governo que sirva para empregar político que perdeu eleição – disse.

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O discurso anti-PT e pró-Aécio Neves ficou claro quando Bauer disse que o presidenciável, uma vez eleito, não vai “emprestar dinheiro para governador se ajoelhar”. Bauer subiu ao palco com uma bandeira de SC e o discurso foi encerrado com a entrada de uma bateria de escola de samba.

Nos bastidores da convenção, nomes do DEM eram citados como alternativas para vice. Entre os cotados estavam os empresários Nilso Berlanda e Mario Lanznaster. O PSDB homologou 30 nomes a deputado estadual e outros 16 para deputado federal, mas não descarta a possibilidade de alterar as listas.

Aliança com PSB perto de se confirmar

Entre os possíveis aliados do PSDB em SC estão Solidariedade, DEM, PSB, PPS e PTdoB. Oficializada a aliança entre PSDB e PSB, o palanque passaria a ter dois presidenciáveis (Aécio Neves e Eduardo Campos), numa frente nacional anti-Dilma Rousseff (PT).

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– Fazemos aliança com quem pensa como nós. Não queremos ninguém que faça campanha para o PT em plano federal – disse Paulo Bauer.

Leonel Pavan deu sinais de que deve concorrer a deputado estadual. Em discurso de candidato e aclamado pela militância tucana, o ex-governador falou do papel importante do PSDB nas últimas quatro eleições em SC. Lembrou ainda de 2010, quando abriu mão de ser candidato a governador, o que resultou na tríplice aliança e na eleição de Raimundo Colombo (PSD).

– Na casa de José Serra, abdicamos de ser candidato a governador em 2010 e, com esse gesto, elegemos o futuro governador. Temos que mostrar que quando o PSDB governou o Brasil o Brasil avançou – disse ele.