O Hospital Municipal São José sofre novamente com a superlotação. Desde ontem à noite, funcionários do pronto-socorro da unidade estão atendendo apenas às emergências que chegam ao local, alegando que não há espaço físico para comportar todos os pacientes.

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De acordo com funcionários do hospital, a falta de macas e quartos disponíveis levou alguns pacientes que estão internados a serem acomodados em cadeiras. E a medida segue por tempo indeterminado. Segundo a direção do hospital, até que a situação seja normalizada, os casos menos graves serão encaminhados para os Pronto Atendimentos do município – PA Sul, Norte ou Leste.

Na manhã desta terça-feira, o número de pacientes do pronto-socorro, que conta com 43 leitos, chegou a 96. De acordo com a direção do São José, há anos o hospital trabalha acima da capacidade, atendendo em média 70 pacientes por dia. Mas devido à falta de clínicos no Hospital Regional, pela segunda vez este ano o número de pacientes na emergência do São José extrapolou a capacidade de atendimento, fazendo com que a direção do hospital optasse por adotar essa medida restritiva.

No dia 13 de janeiro, quando a emergência ficou abarrotada com 104 pacientes, os profissionais que atuam no pronto socorro da unidade chegaram a redigir um manifesto, solicitando aos secretários de saúde do município e do Estado providências para solucionar o problema da superlotação no São José. Eles reivindicam a contratação imediata de clínicos para o Hospital Regional e mais agilidade nas obras de construção do complexo Ulisses Guimarães, anexo ao São José.

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Na ocasião, uma comissão, formada por representantes das secretariais de Saúde, dos hospitais e do Conselho Municipal de Saúde, foi criada para discutir a questão. A próxima reunião do grupo está agendada para sexta-feira.