Foi encontrado e encaminhado à policia o projeto de reforma do prédio da boate Kiss, que estava desaparecido dentro da prefeitura de Santa Maria. Para a polícia, a análise deste documento é fundamental para entender como foi concedido à boate Kiss o Alvará de Localização (uma espécie de certidão de nascimento), sem aprovação do projeto de reforma do prédio para a instalação da danceteria. Antes, o local abrigava um cursinho pré-vestibular.
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Na madrugada de 27 de janeiro, a boate se incendiou, e o fogo e a fumaça mataram 241 pessoas, a maioria jovens universitários. Na tarde desta terça-feira, Sandro Meinerz, um dos delegados encarregados do caso, confirmou que recebeu documentos da prefeitura, mas que ainda não havia analisado a papelada. O projeto, que não teria sido aprovado porque apresentava seis irregularidades (incialmente eram 29 indicações de problemas com a segurança), foi enviado à polícia pela procuradora geral da prefeitura, Anny Desconzi.
Feito pelas arquitetas Cristina Gorski Trevisan e Lisie Basso Vieira, o Projeto de Reforma Sem Ampliação de Área do Imóvel havia desaparecido porque estava arquivado, desde 2010, no setor de protocolos, esperando que suas autoras fossem retirá-lo. Ou seja, o documento não estava guardado junto com a papelada usada para liberar os alvarás e outras licenças da boate, que a prefeitura encaminhou à polícia logo depois da tragédia. ZH apurou que, oficialmente, o projeto não foi aprovado, e as reformas foram feitas sem licença.



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