A rodovia SC-401, que leva da região do Centro de Florianópolis aos bairros do Norte da Ilha de SC, foi trancada em ambos os sentidos por professores estaduais durante cinco minutos na tarde desta quinta-feira.
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Segundo o sindicato da categoria, o ato foi uma resposta à recusa do governo em receber um ofício assinado por entidades sindicais e faz parte de uma série de ações distribuídas pelo Estado. A categoria está paralisada há 32 dias.
Sob bastante chuva, os professores precisaram esticar lonas pretas para se cobrirem. O ato iniciou por volta das 16h20min e foi realizado após um protesto em frente ao Centro Administrativo, também na SC-401.
A interrupção da rodovia chegou a causar fila, mas o trânsito – já complicado pelo tempo e pelo horário – se normalizou em poucos minutos após o término da ação.
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Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-SC), representantes dos professores teriam tentando entregar um ofício assinado por pelo menos 30 entidades sindicais catarinenses, mas o documento não foi aceito pela Coordenação Executiva de Negociação e Relações do Estado de Santa Catarina (Coner).
O protesto desta quinta foi realizado em conjunto com as regionais de Florianópolis e São José. Uma nota enviada à imprensa pelo Sinte-SC afirma que o ato em Florianópolis seria realizado em alinhamento com outros protestos em Chapecó, Içara e Blumenau.
Segundo o Governo de SC, a adesão à greve gira em torno de 10%; já o sindicato fala em 30%.
Regência de classe está no centro do debate
O magistério catarinense está em greve desde o dia 24 de março, totalizando nesta quinta 32 dias de braços cruzados. Inicialmente, as principais pautas eram a Medida Provisória 198, que regulamentaria a atividade dos professores admitidos em caráter temporário (ACT); e o projeto de plano de carreira para a categoria, que está sendo desenvolvido pelo governo.
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Após a MP ser retirada, entretanto, o magistério votou por continuar em greve. Eles discordam dos pontos que tratam da extinção da regência de classe, benefício criado em 1979 e recebido hoje por cerca de 50 mil dos 63 mil professores da rede.
Segundo o Governo de SC, a regência de classe será incorporada ao vencimento dos professores, sem prejuízos à categoria; já o Sinte-SC discorda e diz que o ponto é inegociável.
