Professores da rede pública de ensino do Estado se reuniram na Praça Tancredo Neves, no Centro de Florianópolis, na tarde desta terça-feira, para assembleia geral, e votaram pela manutenção das atividades escolares, até nova rodada de negociações com o governo na terça-feira, dia 10.

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A categoria, no entanto, optou pelo estado de greve até a terça, quando professores de todo o Estado devem retornar à Capital para nova votação, o que pode suspender as aulas da rede pública estadual, como ocorreu em muitas escolas nesta terça-feira.

Após a assembleia, o grupo seguiu em passeata até a Secretaria Estadual de Educação, passando em frente à Alesc.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino de SC (Sinte), cerca de três mil pessoas estiveram no local. Eles votaram, por unanimidade, a rejeição da medida provisória 198 – que fixa a remuneração básica do professor Admitido em Caráter Temporário (ACTs). Diogo Leal é professor ACT há dois anos e participou das discussões nesta terça-feira:

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– Se passarmos a receber como horistas, quando vamos preparar as aulas? Em sala de aula? Em casa, de graça? Queremos que trabalhos e formações iguais levem a remunerações iguais, e, acima de tudo, que sejam abertas mais vagas para professores concursados – protesta.

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Secretário de Educação precisou ser escoltado na Alesc

Centenas de professores estiveram na entrada da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) e na sala da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na manhã desta terça-feira, em Florianópolis, reivindicando a rejeição da medida provisória 198 – que fixa a remuneração básica do professor Admitido em Caráter Temporário (ACTs) e que deveria ter entrado em discussão na CCJ.

O secretário estadual de Educação, Eduardo Deschamps, esteve na CCJ para explicar a medida aos deputados, mas precisou sair escoltado por policiais. A Polícia Militar foi acionada e junto com a segurança da Assembleia precisou conter os ânimos dos professores que estavam mobilizados no local.

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Uma comissão do Sinte se reuniu com os deputados para evitar a leitura, porém os professores que estavam do lado de fora forçaram a entrada, e fizeram tumulto, batendo com bandejas nas paredes e gritando palavras de ordem. Por conta do protesto a discussão foi suspensa.

De acordo com o presidente estadual do Sinte, Luiz Carlos Vieira, a medida está sendo colocada em pauta antes mesmo que o sindicato pudesse discutir e apresentar uma contraproposta.

-A MP dos ACTs é só parte do projeto, queremos discutir a implantação do piso na carreira, a incorporação da regência que é muito ruim para os professores, entre outras coisas – destaca Vieira.

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