Uma semana após a decisão do Tribunal de Justiça (TJ-SC) – de que os professores estaduais em greve não poderiam realizar manifestações a menos de 200 metros de qualquer prédio público -, a categoria recebeu a notificação oficial e decide se encerrará a ocupação na Assembleia Legislativa (Alesc), iniciada no fim de abril.

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O documento emitido pela Justiça chegou às mãos da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte-SC) nesta sexta-feira. Segundo informação obtida pela reportagem, no local fala-se em desocupar o prédio entre esta sexta e sábado.

O Diário Catarinense teve acesso a um vídeo que mostra um advogado do Sinte-SC conversando com a os professores no hall de entrada da Alesc, no começo da tarde. Ele relembra a categoria que o não cumprimento da decisão poderia acarretar na ilegalidade da greve.

– Até o momento, temos mantido a greve dentro da legalidade. É nesse sentido que trago a reflexão, para que vocês possam fazer uma análise madura – diz o advogado ao grupo.

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Às 16h, a diretoria do Sinte-SC encontrava-se discutindo o assunto junto com o advogado. A saída deve ser decidida em assembleia com os demais professores. A assessoria do sindicato preferiu não se manifestar até que a decisão fosse tomada.

Receio de desocupação à força

A Justiça estipulou uma multa de R$ 20 mil reais para cada ponto da decisão que for descumprido pelos professores. Além de manter distância dos prédios públicos, a categoria também não pode bloquear a entrada de unidades de ensino.

Os professores também temem que uma desocupação forçada mexa com os ânimos da categoria. Nesta sexta, o colunista do DC, Rafael Martini, noticiou que um rumor havia deixado professores preocupados na tarde de quinta-feira.

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Segundo a informação, a Polícia Militar tinha sido orientada a realizar uma desocupação até o fim da tarde. O boato não se confirmou, sendo inclusive desmentido pela própria PM mais tarde.

Novo plano de carreira segue em negociação

Os professores da rede estadual catarinense estão de braços cruzados desde 24 de março. A principal discussão é o novo plano de carreira para o magistério, que está em fase de desenvolvimento.

O Sinte-SC estima que a adesão à greve seja de 20%. Já o Governo de SC acredita que sejam cerca de 5% da categoria, algo em torno de 2 mil professores.

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