Órgãos ambientais estadual e municipal e Defesa Civil de Santo Amaro da Imperatriz retomam na manhã desta terça-feira a retirada de arseniato de cobre cromado, produto tóxico que caiu de um caminhão na tarde de segunda-feira. As equipes trabalharam até a 1h de terça-feira e retiraram uma camada de 50 centímetros de areia do solo atingido com o produto. A expectativa é retirar mais 50 centímetros durante a manhã.

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De acordo com o agente fiscal da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) Carlos Soares, a captação do rio Cubatão água voltou ao normal ainda na noite de segunda-feira, depois que técnicos da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) verificaram que o produto não chegou ao rio, córrego do rio Matias, que é afluente do Rio Cubatão, responsável pelo abastecimento da Grande Florianópolis.

– A captação foi suspensa por medida preventiva. A Casan realizou coleta de amostras de água, que irão para laboratório, mas foi observado que não teve contaminação. Retiramos vegetação da beira do rio e elas também não estavam molhadas com o produto – explica.

A área de 50 metros quadrados, com vegetação de capim atingido, próxima ao Trevo da Varginha, está há 10 metros do rio Matias e está sendo toda raspada para retirada do solo e a areia jogada para conter o produto tóxico. Após essa etapa, a Fatma fará análise do solo e avaliará a multa a ser cobrada da transportadora Ouro Negro Transportes, que corregava o tambor com 500 litros do produto.

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Segundo Soares, que acompanhou o trabalho de contenção e remoção do produto, o arseniato de cobre cromado é classificado com periculosidade classe 1, a mais alta segundo critério utilizado pela Fatma. Por ter arsênio na composição, poucos mililitros do produto poderia matar um ser humano.

O gerente da empresa Ouro Negro Transportes foi procurado pela reportagem, mas afirmou que só se pronunciará depois que o produto for completamente removido. Ele adiantou que a segurada ambiental foi acionada para dar o destino adequado à areia ao solo contaminado.

Veja em vídeo a remoção do solo contaminado nas margens do rio Matias: