O advogado Felipe Volkmann, que atuava na defesa do secretário geral da Defensoria Social, Leonardo Aguiar Morelli, 53 anos, em uma ação movida pela Tupy, afirma que a morte do ambientalista, que teria envolvimento com os Black Blocs, não deve impedir o andamento do processo, que está na fase final. A fundição pede uma indenização por difamação e calúnia e que Morelli se abastece de se manifestar sobre o tema areias de fundição.
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– A solicitação de se abster sobre o tema, que é pessoal, não faz mais sentido. Mas o pedido de indenização, caso seja deferido pela Justiça, poderá ser revertido ao espólio – explica o advogo.
Segundo Volkmann, Morelli respondia a outros processos em outras comarcas. O advogado diz que seu escritório defendia o suposto líder do Black Blocs apenas no caso específico da Tupy. A última vez que ele se encontrou com Morelli foi há cerca de um mês, em uma audiência de instrução.
– Tinha um contato estritamente profissional com ele. Não sabia da carta que ele deixou ao jornalista Altamir Andrade, com o qual sei que ele tinha uma relação forte de amizade – conta.
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O advogado disse ainda que Morelli não chegou a afirmar que sentia ameaçado, mas comentou que se sentia pressionado por estar envolvido em denúncias contra grandes empresas por questões ambientais.
Volkmann explicou também que o processo não tinha relação com o reaproveitamento ou não de areia de fundição, mas documentos técnicos relativos ao tema acabaram sendo anexados ao processo.