A preocupação é com os barrabravas argentinos, mas somente nove foram deportados até agora em toda a fronteira do Rio Grande do Sul, todos eles na aduana de Uruguaiana. Até o momento, o que tem determinado o retorno dos argentinos ao seu país de origem são problemas com o seguro internacional do veículo previsto em acordo dos países do Mercosul, a chamada “carta verde”.

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Diversos argentinos apresentam um documento que é considerado inválido porque o seu “correspondente” no Brasil não é uma seguradora, como manda a lei, mas sim escritórios de advocacia de Porto Alegre e, principalmente, de Blumenau, em Santa Catarina. Quando isso acontece, os argentinos têm de desistir da viagem ou regressar ao seu país para providenciar uma nova carta verde.

– Eles fazem o seguro na Argentina, mas o correspondente no Brasil é um escritório de advocacia, principalmente o de Blumenau. Pela lei, só podem ser seguradoras autorizadas pela Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenaseg). Esses casos estão sendo frequentes desde que começamos a operação da Copa no dia 13 de junho. É um problema que ocorre diariamente com argentinos – explica o inspetor Cláudio Cravo, coordenador de divisas e fronteira da Polícia Rodoviária Federal.

Ele diz que não é possível afirmar no momento se a situação configura uma fraude contra os turistas.

– Não sabemos se é fraude, mas não é o correto. O previsto em lei é que o correspondente no Brasil deve ser uma seguradora, e não escritório de advocacia. Não podemos deixar passar – diz Cravo.

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A carta verde é um seguro internacional obrigatório que cobre danos causados pelos turistas aos automóveis de terceiros ou a pedestres.

No Infográfico, confira como se sustentam os barrabravas: