O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou neste domingo o Hamas de ter violado o cessar-fogo que tinha sido proposto pelo próprio movimento palestino e destacou que as operações militares vão continuar.
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– Eles estão violando o próprio cessar-fogo que propuseram. Sob estas circunstâncias, Israel vai fazer o que tem de fazer para defender o seu povo – disse Netanyahu à emissora de televisão norte-americana CNN.
Anteriormente, o Hamas tinha concordado com uma trégua de 24 horas, em resposta ao pedido das Nações Unidas:
– Em resposta à proposta da ONU (…) foi acordado entre os movimentos da resistência uma trégua humanitária de 24 horas – afirmou em um comunicado o porta-voz do movimento islamita palestino, Sami Abu Zuhri.
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Entenda a origem da crise na Faixa de Gaza
O primeiro-ministro de Israel disse à CNN que o exército de seu país vai continuar as operações para desmantelar os túneis do Hamas que ligam Gaza a território israelita, assim como os locais onde o movimento palestiniano armazena armamentos.
– Israel está a fazer o que qualquer país faria, tal como os Estados Unidos fariam se uma parte do território estivesse debaixo de fogo e onde uma pessoa tem entre 60 a 90 segundos para chegar a um abrigo – declarou Netanyahu.
Neste sábado, os ministros das Relações Exteriores de Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Turquia e Catar reunidos em Paris pediram uma extensão do cessar-fogo humanitário, em vigor em Gaza durante 12 horas. Estes países tentavam encontrar uma forma de colocar fim a 20 dias de violência dentro e nos arredores do enclave palestino que custou a vida de mais de 1.000 palestinos, em sua maioria civis, e de mais de quarenta israelenses, principalmente militares.
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Manifestantes e policiais entraram em confronto em Paris
Foto: Kenzo Tribouillard / AFP
O conflito chega ao seu 19º dia com saldo de 1.033 palestinos e 46 israelenses mortos. No sábado, os bombardeios provocaram manifestações ao redor do mundo pelo fim dos ataques. Em Tel Aviv, velas foram acendidas na Praça Rabin pedindo o fim da ofensiva militar israelense. Na França, um protesto de apoio aos palestinos terminou em confusão entre polícia e manifestantes – as autoridades francesas haviam proibido a manifestação. Já em Londres, houve protesto em frente à embaixada de Israel.
* AFP e Agência Brasil