Promessa de aliviar alguns dos principais gargalos do trânsito na Ilha de Santa Catarina, o anel viário central de Florianópolis vai demorar cerca de 11 meses para apresentar os primeiros resultados. A expectativa da prefeitura, conforme divulgado em coletiva segunda-feira à tarde, é entregar os primeiros dois trechos da obra até a próxima temporada de verão. Não sem antes causar mais um pouco de transtorno à própria mobilidade urbana, como admitiu o governo municipal.
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::: Começam as obras do anel viário de Florianópolis
Os trabalhos no trecho 1, cerca de 600 metros entre o Direto do Campo e a Polícia Federal, na Beira-Mar Norte, começaram no fim de semana com a retirada de árvores . Os serviços vão continuar com detonação de rochas, nivelamento do pavimento, execução da pavimentação, drenagem e construção de calçadas. Em frente à PF serão feitas adequações no estacionamento e nas vias de acesso até as proximidades do Angeloni, criando três novas faixas.
No trecho 2, do Terminal de Integração da Trindade (Titri) até a altura da Secretaria de Saúde, os cerca de 400 metros de extensão também vão receber ações de engenharia e o resultado será semelhante ao do primeiro trecho. Nesta área as obras devem começar na semana que vem, após assinatura de contrato com a empresa vencedora da licitação e entrega da ordem de serviço.
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– Nós teremos um pouco de piora antes de melhorar. A detonação de rochas na área da Casa d’Agronômica, por exemplo, a princípio não vai exigir fechamento da avenida, mas é preciso ficar atento porque na Beira-Mar até uma limpeza de canteiros às vezes já complica o trânsito – destacou o prefeito Cesar Souza Junior.
O investimento nestas fases iniciais é de R$ 4 milhões. A conclusão de todo o anel viário central é prevista em três anos, com custo estimado em R$ 70 milhões. Os recursos são municipais, estaduais e federais, dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Foco no transporte público
A prefeitura projeta que o restante do anel viário começará a ser construído ainda no primeiro semestre de 2015, mas ainda não há data marcada para o início das obras. Já há contratos com o governo federal e a Caixa Econômica e o projeto está em fase final de aprovação para ser aberto o processo licitatório.
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O foco principal da obra é o transporte público, com a criação de 17 quilômetros de faixas para ônibus. Deste total, cerca de 70% do percurso terá vias exclusivas. Os outros 30%, a maior parte concentrada no Bairro José Mendes, terá faixas preferenciais. Conforme a Secretaria de Obras, essa definição levou em conta condições e limitações de infraestrutura e intensidade do fluxo nas regiões que vão receber os corredores.
O anel viário fará o contorno da região central, passando pelo Terminal de Integração do Centro (Ticen), Beira-Mar Norte, Trindade, Pantanal, Saco dos Limões e Prainha. Entre as melhorias que serão executadas, além da implantação das faixas para o transporte coletivo, o projeto prevê melhora nas calçadas, sistema de controle de semáforo integrado (ITS), sinalização horizontal e vertical, faixa para pedestres e abrigos de passageiros.
– O anel viário é nossa absoluta prioridade em termos de obras. Fazer o que Florianópolis sempre fez ao longo das décadas, que foi priorizar o transporte individual, e esperar resultados diferentes, não leva a um bom caminho – destacou o prefeito Cesar Souza Junior.
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Além de desafogar o tráfego na região central, a ideia é que, futuramente, o sistema se integre a outras regiões da Capital. A intenção é criar corredores para ônibus também no Continente e no Sul e Norte da Ilha.