Presídio Regional de Blumenau segue sob intervenção

Interventor do Presídio Regional de Blumenau desde que a Operação Regalia foi deflagrada, Marco Antônio Elias Caldeira enfrentou uma tentativa de fuga, transferiu detentos, fechou as portas da ala feminina e fez reformas na unidade. Ele não sabe quando deixará a unidade, mas afirma que o assunto deve entrar na pauta da próxima reunião com o Departamento de Administração Prisional.

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No pacote de mudanças ainda estão a instalação de um sistema de biometria e bloqueadores de celulares. Parte das alas estão recebendo reforço nos pisos e a antiga ala feminina será usada como sala de espera para visitantes.

Paralelo às reformas, avançam as obras do Complexo Penitenciário do Médio Vale. A construção está dentro do cronograma e já atingiu 40% da execução, segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania. Todas as celas estão na unidade e a previsão é de que a estrutura seja entregue no prazo: janeiro de 2016. Nesta primeira etapa serão ofertadas 600 vagas de penitenciária para presos condenados. Depois serão construídos o presídio e o semiaberto.

A operação:

– 11/2012: no ano em que o Presídio Regional de Blumenau foi considerado o pior do Estado, começaram a surgir os primeiros indícios de corrupção envolvendo agentes prisionais. O promotor Flávio Duarte de Souza participou das investigações dos atentados contra ônibus e bases da PM, quando presos teriam dito pagar propina a agentes por benefícios.

– 11/2014: o Ministério Público e o Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) colheram depoimentos, fotos, vídeos e grampearam telefones dos possíveis envolvidos no sistema de corrupção.

– 24/3/2015: cerca de dois meses após a fuga de 28 detentos do presídio, a investigação do MP levou à prisão o diretor e outros 12 agentes prisionais, além de 26 pessoas entre empresários e detentos. Foram cumpridos 27 mandos de busca e apreensão.