O PC do B de Florianópolis decidiu na noite deste domingo, duas semanas depois do primeiro turno das eleições municipais, declarar apoio ao candidato Gean Loureiro. Os comunistas encabeçaram, no primeiro turno, a coligação Avança Florianópolis. A chapa com, Angela Albino (PC do B) candidata à prefeita, e Nildomar Freire (PT), o Nildão, candidato a vice, ficou em terceiro lugar na disputa. Confira a entrevista do presidente municipal do PC do B, Jucélio Paladini, sobre o posicionamento adotado para o segundo turno.
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Diário Catarinense – Como foi a decisão de apoiar o candidato Gean no segundo turno? Houve votação dentro do partido?
Jucélio Paladini – Nós construímos essa posição a partir de reuniões da direção e de plenárias do partido. Do ponto de vista do estatuto, quem decide é a direção do partido. Mas nós, para ampliar o debate, fizemos plenária envolvendo candidatos a vereador e militantes como um todo. Chegamos a uma decisão consensual.
DC – Qual o principal motivo que levou o partido a apoiar o Gean?
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Paladini – Entre outros, a questão nacional, aqui no Estado, um novo quadro de forças políticas, um realinhamento de forças políticas, sair dessa aliança conservadora, visualizando, inclusive, 2014. Também a questão das velhas oligarquias, superar esse momento. Nós temos diferenças (com o candidato Gean), explicitadas no primeiro turno, só que voltar para trás não dá. E os próprios candidatos Gean e Rodolfo assumiram alguns pontos em seu plano de governo.
DC – Vocês colocam a questão nacional, mas localmente o PC do B foi oposição ao governo Dário Berger (PMDB) nesses oito anos. Como fica essa situação?
Paladini – Acontece que não tem três opções, tem duas. No primeiro turno nós tínhamos o nosso projeto. Tinham vários projetos e nós estávamos com a candidatura da Angela. Agora, quando passa para o segundo turno são só duas e há de se fazer uma opção.
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DC – A outra opção que vocês consideram a opção das oligarquias foi a opção que o PC do B apoiou em 2008.
Paladini – Mas o quadro era outro. Em 2002, por exemplo, no segundo turno, nós apoiamos o Luiz Henrique (PMDB), porque do outro lado estava o PP, o DEM. Em 2006, o DEM e companhia limitada foi para a aliança com o Luiz Henrique e do outro lado só ficou a candidatura do Esperidião Amin (PP). Então naquele momento as forças conservadoras não estava junto com o Amin, assim como em 2008. Em 2008, todas as oligarquias estavam com o Dário no segundo turno. Se você vê o quadro hoje, quem é que está com a candidatura do PMDB e quem é que está com o Cesar.
DC – A deputada Angela Albino participou da discussão e decisão de apoio ao PMDB?
Paladini – Claro que sim, ela é militante. Só não participou nos últimos dias por motivo de saúde. Obviamente ela acompanha a posição do partido.
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